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Trecho I

 

“Quem chamou as oficinas, em que se fabrica o açúcar, engenhos, acertou verdadeiramente no nome. […] invenções do engenho humano, o qual com pequena porção do Divino, sempre se mostra no seu modo de obrar, admirável. Dos engenhos uns se chamam reais, outros inferiores vulgarmente engenhocas.”

 

(ANTONIL, 1711, p. 13-14. Disponível em: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/12/o-engenho-e-o-fabrico-do-acucar-no.html.)

 

 

Trecho II

 

“O ser senhor de engenho é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo, o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal, e governo; bem se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionadamente se estimam os títulos entre os fidalgos do reino.”

 

(ANTONIL, 1711, p. 19.)

 

 

Acerca dos engenhos, da produção de açúcar e da organização social do Brasil no período colonial, é correto afirmar que:

Resposta:

A alternativa correta é letra A) A produção da cana estimulou o investimento do governo português na ampliação do tráfico de escravos.

Gabarito: alternativa A)

 

A questão traz dois trechos que falam respectivamente sobre os engenhos de açúcar e dos senhores de engenho. 

 

"Acerca dos engenhos, da produção de açúcar e da organização social do Brasil no período colonial, é correto afirmar que:"

 

a)  A produção da cana estimulou o investimento do governo português na ampliação do tráfico de escravos.

Correta! De meados do século XVI até boa parte do século XVIII, a base da economia colonial brasileira era a produção do açúcar, que até chegou a ser chamado de "ouro branco".

 

Com solo e climas favoráveis, o litoral brasileiro no período colonial foi permeado pelo cultivo da cana-de-açúcar, sobretudo, na região Nordeste. O plantio da cana era realizado em grandes propriedades rurais, conhecidas como engenhos.

 

Para tornar o processo mais lucrativo, a mão de obra escrava era utilizada. Dessa forma, conforme a produção aumentava o tráfico de escravizados africanos era intensificado, assim como afirma o item. O próprio tráfico também constituía um negócio lucrativo.

 

É importante ressaltar que a monocultura em grandes latifúndios, o trabalho de povos escravizados e a produção voltada à exportação para metrópole constituem o sistema chamado de plantation, marca do pacto colonial. Os engenhos, a casa grande e a senzala são espaços que permitem analisar a sociabilidade e as relações de poder que marcaram a sociedade brasileira no período colonial.

 

b)  A administração dos engenhos reais ficava a cargo dos nobres lusitanos, que vinham em busca de liberdade religiosa.

Incorreta. Poderiam existir engenhos a cargo de nobres lusitanos, mas não era uma regra geral. Geralmente, os senhores de engenho eram os grandes proprietários de terra. Quando se trata dos Donatários, responsáveis pela capitania hereditária, aí sim estamos falando de nobres lusitanos.

 

c)  As capitanias, bem como os dois tipos de engenho coloniais, eram financiadas exclusivamente pela Coroa Portuguesa.

Incorreta. As Capitanias Hereditárias foram uma forma que a Coroa Portuguesa encontrou de transferir os custos para os Donatários.

 

d)  O uso das Capitanias hereditárias foi a forma que os lusitanos descobriram para expandir a cana-de-açúcar em todo o território nacional.

Incorreta. O principal objetivo das Capitanias Hereditárias era transferir os custos os custos da colonização e da exploração colonial para a iniciativa privada. 

 

Referências:

 

FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
 

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