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Leia as assertivas sobre o Brasil colonial.

 

I. A opção portuguesa pela produção açucareira esteve relacionada com o fato de os portugueses não encontrarem, no século XVI, metais e pedras preciosas no litoral.

 

II. A questão da escravização dos indígenas gerou uma série de conflitos entre os colonos e os jesuítas.

 

III. Durante todo o período colonial, as autoridades portuguesas permitiram apenas a entrada de escravos originários da região de Moçambique.

 

IV. O “exclusivo metropolitano” obrigava o colono do Brasil a comercializar apenas com Portugal.

 

V. Um efeito importante da exploração de ouro em Minas Gerais foi a formação de um mercado interno.

 

Estão corretas as afirmativas

Resposta:

A alternativa correta é letra C) I, II, IV e V, apenas.

Gabarito: Letra C

 

Vamos comentar proposição por proposição:

 

I. A opção portuguesa pela produção açucareira esteve relacionada com o fato de os portugueses não encontrarem, no século XVI, metais e pedras preciosas no litoral. (CORRETA)

 

A opção portuguesa pela economia açucareira se deveu em um primeiro momento pelo fato de não ter sido encontrado metais ou pedras preciosas no litoral. Além disso, devemos também ter em mente que a opção pela produção da cana-de-açúcar está ligada ao interesse que havia por esse produto no mercado internacional. Por fim, também podemos dizer que Portugal já era familiarizado com essa mercadoria, pois já havia instalado engenhos em suas ilhas colônias, no Atlântico.

 

II. A questão da escravização dos indígenas gerou uma série de conflitos entre os colonos e os jesuítas. (CORRETA)

 

Os jesuítas foram uma das principais ordens religiosas que chegaram ao Brasil com a missão de catequizar os indígenas. Como consequência contribuíram no processo de ocupação do território colonial fundando vários aldeamentos ou missões jesuítas, confinando os indígenas em uma área e assim utilizando sua mão de obra para a produção da lavoura nesses núcleos religiosos. Essa política de “proteção” do indígena entrou por diversas vezes em conflito com a ideologia dos colonizadores de utilizar a mão de obra indígena para as lavouras da cana, do tabaco e do algodão.

 

III. Durante todo o período colonial, as autoridades portuguesas permitiram apenas a entrada de escravos originários da região de Moçambique. (INCORRETA)

 

Os escravos que chegaram ao Brasil eram originários de variadas regiões do continente africano, como, por exemplo, Moçambique, Angola, Guiné e Nigéria.

 

IV. O “exclusivo metropolitano” obrigava o colono do Brasil a comercializar apenas com Portugal. (CORRETA)

 

Dá-se o nome na historiografia de Pacto Colonial ou Exclusivo Metropolitano a relação em que colônia comercializava exclusivamente com a sua metrópole. Essa ideia do pacto era parte da ideologia mercantilista de acumulação de riquezas para a metrópole.

 

V. Um efeito importante da exploração de ouro em Minas Gerais foi a formação de um mercado interno. (CORRETA)

 

Embora a pecuária nos séculos XVI e XVII já iniciasse um processo de formação de mercado consumidor interno é na mineração que o consumo interno colonial se consolida. A ocupação e o povoamento da região mineradora, como o atual estado de Minas Gerais e, em seguida, Goiás e Mato Grosso, alteraram o caráter predominantemente rural da colonização, com o surgimento de diversas vilas e cidades. A abertura de estradas e caminhos ligando a região das minas ao porto do Rio de Janeiro propiciou a intensificação do comércio, visando, sobretudo, ao abastecimento da região mineradora.

 

O mercado consumidor se ampliou e se aqueceu, em decorrência do crescimento populacional e da riqueza obtida com o ouro. Além disso, estimulava-se a importação de artigos manufaturados, bem como a produção interna de alimentos e a criação de gado.

 

A integração econômica das várias regiões e a consolidação do crescente mercado interno foram favorecidas pelo transporte de mercadorias feito por tropas de mulas (tropeiros) que cruzavam o território colonial em direção a Minas

Gerais e ao Rio de Janeiro.

 

Referências:

 

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.

 

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Volume 2. São Paulo: Scipione, 2013.

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