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A passagem da monarquia à república envolveu a ação de classes, grupos profissionais e corporações diversificadas que, após um largo período de disputas, fizeram prevalecer a nova forma de governo no Brasil. Analisando o momento histórico em pauta, marque a única opção que contém somente atores sociais ou agentes políticos que contribuíram para a proclamação da forma republicana de governo.

Resposta:

A alternativa correta é letra C) Exército, núcleos positivistas e cafeicultores de São Paulo.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

A passagem da monarquia à república envolveu a ação de classes, grupos profissionais e corporações diversificadas que, após um largo período de disputas, fizeram prevalecer a nova forma de governo no Brasil. Analisando o momento histórico em pauta, marque a única opção que contém somente atores sociais ou agentes políticos que contribuíram para a proclamação da forma republicana de governo.

  • a)  Cafeicultores paulistas, abolicionistas em geral e núcleos positivistas.

De fato, havia grande identificação entre a causa da Abolição e a república, uma vez que a monarquia e seu centro de poder estavam profundamente comprometidos com a escravidão. No entanto, com a Abolição de 1888 assinada pela princesa Isabel, houve uma cisão entre os abolicionistas, fazendo surgir uma seção interna que passava a defender a monarquia. Ou seja, não se pode generalizar a questão para todos os abolicionistas. Alternativa errada.

 
  • b)  Exército, cafeicultores paulistas e produtores de cana da Bahia.

A produção de açúcar no Nordeste brasileiro passou o século XIX em pleno declínio por conta da sua baixa produtividade e do aumento da concorrência internacional. Já na década de 1830, o café assumira o protagonismo econômico brasileiro, deslocando o eixo para o Sudeste. Assim, na década de 1880, já não havia grande força dos senhores de engenho dentro da cena política brasileira. Alternativa errada.

 
  • c)  Exército, núcleos positivistas e cafeicultores de São Paulo.

Algumas forças foram importantes para a configuração final da crise que levou à queda da monarquia brasileira em 1889. Por um lado, havia uma corrosão das elites tradicionais sem que as forças emergentes encontrassem o justo espaço político na corte brasileira. A ascensão econômica do Oeste paulista com a cafeicultura suplantara, já na década de 1870, as forças tradicionais do Vale do Paraíba, que compunham a elite política do país. Centralizada, a monarquia tinha grandes dificuldades em administrar as crescentes pressões por autonomia dessa nova elite, que via seus interesses sendo contrariados pelos decadentes cafeicultores fluminenses. Por outro lado, e este é o objeto do item, os quadros conceituais mudavam severamente no quarto final do século XIX, principalmente dentro das Forças Armadas. O positivismo, grande corrente filosófica europeia, encontrou grandes adeptos no Brasil, principalmente uma classe média urbana ilustrada e o oficialato do Exército. Dentro da compreensão positivista, a monarquia constitucional seria uma fase inferior do desenvolvimento do governo civil, que só poderia encontrar a máxima expressão da racionalidade e da burocratização profissional sob a forma de uma república. Para os positivistas, um Estado monárquico é dominado por fatores irracionais do poder, o que atrasaria o desenvolvimento das sociedades; ao passo que a república exige o melhor da racionalidade dos melhores homens, abrindo espaço para um forma definitiva e bem acabada do governo civil e da evolução humana. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • d)  Comando da Guarda Nacional, milícias e cafeicultores do Rio de Janeiro.

Os cafeicultores do Rio de Janeiro (concentrados no Vale do Paraíba) controlavam o centro do poder político durante o Segundo Reinado (1840-1889). Ou seja, a república viria para apeá-los do poder, e não para entronizá-los. Além disso, a Guarda Nacional não tinha um comando central, mas era composta por diversos núcleos locais controlados por chefes regionais, que receberam o título de coronéis da Guarda Nacional. Alternativa errada.

 
  • e)  Cafeicultores paulistas, cúpula da Marinha e núcleos positivistas do Exército.

A Marinha jamais se envolveu na conspiração republicana. Ainda que não tenha oferecido resistência de fato ao golpe de Estado deflagrado pelo Exército, a Marinha se manteve bastante reticente quanto aos desdobramentos de novembro de 1889. Além da lealdade com o Imperador, ela seria a arma mais prestigiada durante o Império, tendo grande destaque e investimentos, principalmente no Segundo Reinado. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

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