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Leia o texto a seguir.

 

“A proclamação da República no Brasil foi, em grande parte, resultado da aliança do café com a espada, isto é, dos cafeicultores paulistas com os militares do Exército. (._) essa aliança ocorreu por motivos, antes de tudo, táticos, pois ambos os grupos, ainda que por razões diferentes, tinham um inimigo comum: o Império. Decretado o seu fim, as divergências entre os cafeicultores e militares acabaram vindo à tona, uma vez que as duas forças eram portadoras de projetos políticos republicanos distintos.” Cláudio Vicentino. História do Brasil. pág 264.

 

Em relação às características dos projetos políticos republicanos, analise as afirmativas abaixo.

 

I. O projeto político defendido pelos cafeicultores paulistas e pelo PRP (Partido Republicano Paulista), com o apoio de vários grupos oligárquicos de outros estados, defendia a autonomia dos estados nos moldes de uma República Liberal, descartando o princípio do federalismo, que defendia a subordinação dos estados ao poder central.

 

II. O projeto republicano positivista tinha aceitação no Exército, condenava a monarquia, vista como um impedimento à evolução da humanidade. Defendia que o progresso deveria ser alcançado a partir da ordem, daí o papel do Estado como seu promotor.

 

III. O projeto republicano jacobino, em alusão ao radicalismo jacobino da Revolução Francesa, era defendido por setores da população urbana. Rejeitava a monarquia, por seu imobilismo, e preconizava a defesa da liberdade pública e a valorização da intervenção direta do povo no governo republicano.

 

IV. O projeto político denominado “Política das Salvações do marechal Deodoro da Fonseca” defendia o Salvações” centralismo político como forma de conter o poder das oligarquias estatais, através de uma política intervencionista.

 

Assinale a opção correta.

Resposta:

A alternativa correta é letra C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

Gabarito: Letra C

 

As proposições corretas são II e III

 

Vamos analisar proposição por proposição.

 

I. O projeto político defendido pelos cafeicultores paulistas e pelo PRP (Partido Republicano Paulista), com o apoio de vários grupos oligárquicos de outros estados, defendia a autonomia dos estados nos moldes de uma República Liberal, descartando o princípio do federalismo, que defendia a subordinação dos estados ao poder central. (FALSA)

 

O projeto político defendido pelos cafeicultores paulistas e o PRP, partido que reunia essa elite defendia a autonomia dos estados nos moldes de uma República Liberal, portanto, defendiam o princípio do federalismo. Eram contrários ao projeto de uma república centralizadora que retirasse a autonomia dos demais entes federativos.

 

II. O projeto republicano positivista tinha aceitação no Exército, condenava a monarquia, vista como um impedimento à evolução da humanidade. Defendia que o progresso deveria ser alcançado a partir da ordem, daí o papel do Estado como seu promotor. (VERDADEIRA)

 

O projeto de uma república dentro da filosofia positivista baseava-se na condenação à monarquia, entendida como uma impedimento à evolução da humanidade. Para os positivistas, o progresso deveria ser alcançado a qualquer custo, dentro de uma ordem. O Estado seria o principal agente do progresso e para isso deveria ser forte, tendo os estados como seus subordinados. A filosofia positivista tinha forte aceitação dentro das fileiras do Exército, sobretudo, dos alunos da Escola da Praia Vermelha.

 

III. O projeto republicano jacobino, em alusão ao radicalismo jacobino da Revolução Francesa, era defendido por setores da população urbana. Rejeitava a monarquia, por seu imobilismo, e preconizava a defesa da liberdade pública e a valorização da intervenção direta do povo no governo republicano. (VERDADEIRA)

 

O projeto republicano inspirado no período em que os jacobinos estiveram no poder na França (1792-1794) era defendido por setores da população urbana, incluindo uma baixa classe média (pequenos comerciantes e funcionários públicos) e setores urbanos intelectualizados (profissionais liberais e jornalistas). Rejeitavam a monarquia, por seu imobilismo, por sua ligação com a escravidão, por impedir a participação da classe média baixa na vida política e defendiam a liberdade pública de reunião e discussão, de decidir coletivamente o destino do país.

 

IV. O projeto político denominado "Política das Salvações do Marechal Deodoro da Fonseca" defendia o centralismo político como forma de conter o poder das oligarquias estatais, através de uma política intervencionista. (FALSA)

 

O projeto político chamado de Política das Salvações não era do Marechal Deodoro, mas sim, do Marechal Hermes da Fonseca, candidato vitorioso nas eleições de 1910 e que governou o país entre 1910 e 1914. Por essa política, o governo federal interveio nos estados, promovendo a substituição de grupos oligárquicos contrários ao poder central.

 

Referência:

 

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997.

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