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Ao pensarmos o final da república oligárquica, encontraremos um germe político, econômico e social da crise dessa primeira república, que se encontra no sonho de industrialização e no crescimento da vida urbana pujante, que fizeram surgir

Resposta:

A alternativa correta é letra A) as novas forças sociais e políticas.

Gabarito: Letra A

 

As novas forças sociais e políticas.

 

A industrialização no Brasil começa a dar sinais de crescimento ainda na Primeira República, quando os cafeicultores passam a aplicar na indústria parte de seus lucros. Das pouco mais de 600 indústrias que existiam em 1889, com seus 54 mil trabalhadores, esse número passa para 13 mil indústrias e 275 mil operários em 1930. Isso sem contar as 233 usinas de açúcar e as 231 salinas que empregavam, respectivamente, 18 mil e 5 mil trabalhadores.

Esse avanço na industrialização transformou a organização política e econômica da sociedade brasileira, ampliando o setor urbano e dando-lhe maior importância e visibilidade. O que levou operários e grupos urbanos, novas forças sociais e políticas surgidas a partir do processo de industrialização, a exigirem cada vez mais o direito de participar das decisões políticas e econômicas do país. Foi o caso do movimento operário e também do movimento tenentista, apoiado pela grande maioria da classe média suburbana, pelos produtores rurais que não pertenciam ao grupo a frente do poder e por alguns empresários da indústria.

Ao final da Primeira República aumentou-se não somente a capacidade industrial do país, com a renda do setor industrial superando pela primeira vez, em 1928, a renda da agricultura. O poder de mobilização dessas novas forças políticas cresceu também, principalmente diante do enfraquecimento econômico dos cafeicultores, devido a crise de 1929, e o declínio de seu poder, que dava bases políticas às oligarquias que governavam o país durante a Primeira República.

Com a crise instalada entre as próprias oligarquias detentoras do poder, ganhou força a oposição, alinhada em torno da Aliança Liberal, que apresentava um programa de reformas que detinha grande aceitação entre as classes médias urbanas e militares ligadas ao tenentismo. Contudo, o resultado das eleições de 1930 não corresponderam às expectativas do grupo opositor. A vitória da oligarquia paulista e sua permanência no poder, gerou um clima de descontentamento e revolta entre diversos grupos sociais, entre os quais estavam operários, militares, profissionais liberais, entre outros. Nesse clima, só foi preciso um motivo para que se inicia-se uma revolta. Esse motivo veio em 26 de julho de 1930, quando o candidato a vice presidente da Aliança Liberal foi assassinado por motivos pessoais e políticos, dando início a chamada “Revolução de 1930”.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: a influência de valores políticos externos, vindos com os imigrantes.
 

Os imigrantes que vieram para o Brasil trouxeram consigo diferentes valores culturais que influenciaram muitos aspectos da vida social brasileira, mas não foram os responsáveis por criar o clima de descontentamento verificado no período final da Primeira República.

 

Letra C: as grandes periferias urbanas formadas por imigrantes vindos do interior.
 

A industrialização e modernização do país levou a formação de grandes periferias urbanas, mas somente elas não explicam a mobilização das forças sociais que deram base para a Revolução de 1930, que encerrou o período da Primeira República e o poder das oligarquias agrárias.

 

Letra D: a inserção do Brasil como prioridade da revolução comunista internacional.

 

Não foi uma revolução comunista que levou ao fim da República Oligárquica. Dessa forma, a industrialização e a urbanização verificada durante a Primeira República não levaram a inserção do Brasil como prioridade da revolução comunista internacional, até porque, na década de 1930, a prioridade da Internacional Comunista era o combate ao fascismo.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013.

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