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Com a assinatura do Tratado de Petrópolis entre Brasil e Bolívia em 1903, mediante o qual houve a incorporação do Acre ao País, coube ao Brasil, além da indenização de dois milhões de libras esterlinas, a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré.

 

RIBEIRO, R. M.; OLIVEIRA, E. A. A. Q.; QUINTAIROS. C. R. Fatores críticos e cronológicos da evolução e delimitação dos ciclos econômicos do estado de Rondônia. Disponível em: <www.inicepg.univap.br>. Acesso em: 2 set. 2018, com adaptações.

 

A respeito das informações do texto, é correto afirmar que a referida ferrovia viabilizaria, entre outras coisas, a (o)

Resposta:

A alternativa correta é letra E) o escoamento dos produtos bolivianos para o atlântico.

Gabarito: Letra E

 

(o escoamento dos produtos bolivianos para o atlântico.)

 


O Acre antes de ingressar como estado era uma área pertencente em parte à Bolívia e ao Peru.


A partir de 1850, essa área que contava com a ocupação de populações indígenas passou a receber frentes de trabalhadores, patrões, comerciantes, mascates e aventureiros em busca do látex dos seringais.


Esse aumento populacional dará origem a uma série de disputas entre populações locais e governos de Brasil, Bolívia e Peru.


Uma primeira tentativa de delimitar fronteiras entre Brasil e Bolívia foi a assinatura do Tratado de Ayacucho em 1867.


No entanto, essa demarcação foi contestada porque não precisava os pontos de fronteira e tampouco a extensão da linha demarcatória.  Além do mais, era cada vez mais constante o número de brasileiros que avançavam para o lado boliviano.


As fronteiras com a Bolívia só seriam definidas em 1903 pelo Tratado de Petrópolis que anexou o Acre ao Brasil e em 1909 pelo Tratado do Rio de Janeiro que acertou a cessão de uma área do Acre ao governo peruano.


O Barão do Rio Branco, ministro que negociou a aquisição do Acre à época, acreditava que a melhor maneira de assegurar o território acreano era dar compensações ao governo boliviano. O texto final incluía a troca de territórios entre os dois países, o compromisso de pagamento de dois milhões de libras esterlinas à Bolívia e a promessa, por parte do Brasil, de construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, que possibilitaria o escoamento de produtos bolivianos até o Mato Grosso e o consequente acesso à bacia do Prata através do rio Paraguai.


Assim, o tratado assegurou o transporte de produtos bolivianos por ferrovia e por rios até o Atlântico.
 
Por que as demais estão incorretas?
 


Letra A: integração do território peruano com o território brasileiro.


A ferrovia Madeira-Mamoré integrou o território boliviano ao território brasileiro e permitiu que a Bolívia transportasse seus produtos até os rios para escoar no Oceano Atlântico.
 

 
Letra B: construção da Zona Franca de Manaus.


A Zona Franca de Manaus é um polo econômico implantado pelo governo brasileiro objetivando dinamizar a economia na Amazônia, promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. Foi criada em fins da década de 1950.
 

 
Letra C: exportação da borracha silvestre do Brasil para a Bolívia.


A ferrovia permitiu a exportação da borracha da Bolívia e do Brasil para o mercado internacional.
 

 
Letra D: integração entre os produtores do norte e do sul do País.
 
A ferrovia foi um importante ponto de transporte de mercadorias até os rios do Amazonas para que fossem levados até o Oceano Atlântico e assim exportados para o mercado internacional. Logo, a ferrovia foi pensada para melhorar a velocidade dos transportes de mercadorias na região norte, sem promover integração com outras áreas do território brasileiro.
 
 
Referências:
 
PONTES, Carlos José Farias de. O “El-Dourado Verde”: A Guerra do Acre. SOUTH AMERICAN Journal of Education, Technical and Technological. Vol.3 n.1  2016.


SUFRAMA. O que é o projeto Zona Franca de Manaus. Disponível em: http://www.suframa.gov.br/zfm_o_que_e_o_projeto_zfm.cfm. Acesso: 18 dez. 2020


Verbete Tratado de Petrópolis. FGV/CPDOC. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/TRATADO%20DE%20PETRÓPOLIS.pdf. Acesso: 18 dez. 2020.
 

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