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(URCA/2020.1) “7 de outubro de 1934: nesse dia, a Ação Integralista Brasileira (AIB) decidiu comemorar na praça da Sé, centro da cidade de São Paulo, seu segundo aniversário de fundação. O evento nem chegou a acontecer, pois uma intensa troca de tiros entre integralistas, antifascistas e policiais da Força Pública paulista dispersou rapidamente os militantes da AIB, vindos de várias cidades do interior do estado e São Paulo e de estados vizinhos. O saldo do confronto foi de cerca de dez vítimas, entre mortos e feridos.”

 

(CASTRO, Ricardo Figueiredo de. “A Frente Única Antifascista (1933-34). IN: REIS, Daniel Aarão e FERREIRA, Jorge. As esquerdas no Brasil (vol. 1) – A formação das tradições (1989-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 431).


O acontecimento acima refere-se a um importante movimento organizado no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas. Sobre este período, assinale a alternativa correta:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) A AIB, embora tenha atuado por um período de apenas seis anos, foi a mais importante organização fascista na história do Brasil até o presente momento, com expressão nacional e tendo atuado no executivo e legislativo de diversas cidades, estado e distrito federal;

GabaritoLetra D

 

(A AIB, embora tenha atuado por um período de apenas seis anos, foi a mais importante organização fascista na história do Brasil até o presente momento, com expressão nacional e tendo atuado no executivo e legislativo de diversas cidades, estado e distrito federal.)
 

A Ação Integralista Brasileira (AIB), posteriormente transformada em partido, foi criada em 1932 e fez parte do primeiro governo Vargas.

Reuniu grupos e partidos ultranacionalistas e de extrema-direita. Seduzido pelo nazifascismo, o movimento integralista foi profundamente influenciado pelo fascismo que crescia na Europa nesse período. Defendiam, entre outras coisas, o combate ao comunismo e ao liberalismo, o nacionalismo extremado, um Estado poderoso que deveria ser dirigido pelo chefe da nação, e disciplina e hierarquia social.

Em 1936 a AIB tornou-se um partido com um grande número de filiados, entre 500 mil e 800 mil, e emplacou nas eleições de 1936. Foram eleitos pelo partido nessas eleições 500 vereadores, 20 prefeitos e 4 deputados estaduais.

Com a extinção dos partidos políticos em 1937, tornou-se uma associação cultural, mas foi declarada ilegal em 1938. Nesse mesmo ano, depois de um atentado contra Vargas, dezenas de integralistas que participaram do mesmo foram fuzilados, centenas foram presos e Plínio Salgado, líder da AIB, teve de se exilar em Portugal. Foi o declínio do integralismo no Brasil.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: A AIB fazia parte de um movimento mais amplo antifascista, conhecido como Frente Única Antifascista (FUA,) criada em 1933 pelas esquerdas brasileiras da época;

 

A AIB foi criada, em 1932, por grupos de extrema direita e não pelas esquerdas. Tinha inspiração fascista e não antifascista.

 

Letra B: A AIB fazia parte de uma estratégia dos comunistas mais moderados de São Paulo e Rio de Janeiro aliados à Internacional Comunista (Comintern), tendo como estratégia o refluxo revolucionário e a luta contra o fascismo;

 

A AIB não era comunista e sim formada por grupos de extrema direita. Possuía influencia fascista e combatia o comunismo, o liberalismo e o capitalismo financeiro.

 

Letra C: A AIB tinha como principal liderança Luís Carlos Prestes e foi a principal base de apoio ao governo de Getúlio Vargas entre os anos de 1930 e 1935;

 

A AIB fazia oposição ao governo Vargas e sua principal liderança era Plínio Salgado e não Luís Carlos Prestes.

 
Letra E: A AIB era inspirada nas frentes populares que surgiram na Europa, defendia proposta antiimperialistas, a reforma agrária e as liberdades políticas, congregava socialistas e liberais desiludidos com a “Revolução de 1930”.

 

A AIB era inspirada nos movimentos fascistas europeus e não em frentes populares. Não defendia propostas anti-imperialista, reforma agrária e as liberdades políticas, mas sim a manutenção das hierarquias sociais, a eliminação de qualquer oposição, o culto à personalidade do líder, o fim da liberdade de expressão e o nacionalismo extremado. Além disso, recusava a democracia liberal e o socialismo.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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