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O Estado Novo Foi arquitetado como um Estado autoritário e modernizador que deveria durar muitos anos. No entanto, seu tempo de vida acabou sendo curto, pois não chegou a oito anos. Sobre o fim do Estado Novo é INCORRETO afirmar que:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) A imprensa cada vez mais burlava a censura, indicando a perda de força do regime autoritário. O Correio da Manhã do Rio de Janeiro publicou a 22/02/1945 uma entrevista de José Américo, na qual o ex-ministro de Getúlio fazia críticas ao Estado Novo e dizia que a oposição já tinha candidato. No dia seguinte, informava ao jornal O Globo o nome de Eurico Gaspar Dutra para candidato de oposição.

Gabarito: Letra D

 

A imprensa cada vez mais burlava a censura, indicando a perda de força do regime autoritário. O Correio da Manhã do Rio de Janeiro publicou a 22/02/1945 uma entrevista de José Américo, na qual o ex-ministro de Getúlio fazia críticas ao Estado Novo e dizia que a oposição já tinha candidato. No dia seguinte, informava ao jornal O Globo o nome de Eurico Gaspar Dutra para candidato de oposição.

 

A questão pede que apontemos a alternativa incorreta acerca do período final do Estado Novo (1937-1945). E ela está incorreta por apresentar algumas informações que não condizem exatamente com o que ocorreu na época.

Primeiramente, precisamos destacar que a alternativa dá um relevo maior a ação da imprensa do que essa de fato teve na desestruturação do Estado Novo.

A perda de força do Estado Novo decorreu mais da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado das forças democráticas e do movimento da sociedade (estudantes, políticos, intelectuais) a favor da redemocratização do país, que do papel assumido pela imprensa nesse período. Até porque, Getúlio Vargas mantinha-se atento aos acontecimentos e aos prováveis resultados da Segunda Guerra, ou seja, a vitória dos Aliados, e consequentemente, das forças democráticas, e assim buscou se antecipar aos seus adversários liderando a abertura democrática e, inclusive, determinando o fim da censura à imprensa em fevereiro de 1945.

Além disso, em 22 de fevereiro de 1945, quando José Américo de Almeida atacou o Estado Novo e defendeu a convocação de eleições gerais, ele ainda era ministro do governo Vargas estando à frente do Tribunal de Contas da União.

Por fim, cabe destacar que o general Eurico Gaspar Dutra contou com o apoio de Getúlio Vargas nas eleições de 1945, o que fez com que Dutra vencesse as eleições. Sem esse apoio, as chances de Dutra sair vitorioso desse pleito eleitoral eram mínimas. Vale destacar ainda que o jornal Correio da Manhã apoiava o candidato da UDN, o brigadeiro Eduardo Gomes.

Encontrando a incorreta vamos comentar as demais alternativas.

 

Letra A: Os problemas do regime resultaram mais da inserção do Brasil no quadro das relações internacionais do que das condições políticas internas do país.

 

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados precipitou o fim do Estado Novo, visto que a sociedade brasileira passou a criticar a continuidade, no Brasil, de um regime autoritário que possuía traços dos regimes totalitários europeus.


Letra B: Após a entrada do Brasil na guerra e os preparativos para enviar a FEB à Itália, personalidades da oposição começaram a explorar a contradição existente entre o apoio do Brasil às democracias e a ditadura de Vargas.

 

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e contra as forças autoritárias do nazismo e fascismo serviu de pretexto para que grupos liberais brasileiros passassem a criticar o governo autoritário e defender o combate ao “fascismo interno” representado pelo Estado Novo. De maneira geral, esses grupos passaram a defender a redemocratização do país.


Letra C: Em torno de 1943, um grupo social importante, por seu prestígio e expressão simbólica, os estudantes universitários começaram a se mobilizar contra a ditadura, organizando a União Nacional dos Estudantes (UNE), conseguindo provocar a indignação popular, após a morte de duas pessoas e mais de vinte feridas na manifestação em dezembro de 1943.

 

A União Nacional dos Estudantes liderou importantes manifestações estudantis e populares à favor da participação das Forças Armadas brasileiras na guerra contra o nazifascismo, e, posteriormente, contra a continuidade do Estado Novo.


Referências:

 

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

Memorial da Democracia. Jornais e revistas 1945-1963: Correio da Manhã. Disponível em: http://memorialdademocracia.com.br/card/jornais-e-revistas/3 Acesso em: 23 de jan. de 2023.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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