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Em discurso a bordo do porta-aviões Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1940, Vargas referiu-se às “decadentes democracias” e enalteceu os regimes de força. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompeu com o Eixo e cedeu bases militares aos EUA. À luz desses antecedentes, assinale a opção que, segundo os estudiosos desse período crítico, é mais condizente com a política externa do Governo Vargas.

Resposta:

A alternativa correta é letra C) pragmatismo equidistante

Gabarito: ALTERNATIVA C

 
  • Em discurso a bordo do porta-aviões Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1940, Vargas referiu-se às “decadentes democracias” e enalteceu os regimes de força. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompeu com o Eixo e cedeu bases militares aos EUA. À luz desses antecedentes, assinale a opção que, segundo os estudiosos desse período crítico, é mais condizente com a política externa do Governo Vargas.

Em primeiro lugar, precisa sempre o estudante ter claro que a adesão brasileira às democracias liberais não foi um percurso óbvio, mas sim um processo acidentado da política externa brasileira. No plano doméstico, Vargas não economizava nas críticas contra a democracia liberal, denunciando-a como um regime fraco e propenso a crises, além de alardear que regimes desse tipo são as vítimas preferidas tanto das grandes crises econômicas quanto da expansão internacional do comunismo. Internacionalmente, Vargas afirmava seu compromisso irrestrito com o desenvolvimento (industrial) brasileiro, o que implicava numa posição neutra ao extremo em relação aos conflitos e às rivalidades internacionais. Na segunda metade da década de 1930, configurar-se-ia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos, segundo a qual o Brasil celebrou tratados de comércio com as duas potências e manteve relações político-comerciais muito dinâmicas com ambas. Percebia-se na disputa internacional entre as grandes potências uma chance de ampliar as margens de manobra do Brasil, explorando suas rivalidades e contradições para viabilizar o projeto desenvolvimentista. Isto é, domesticamente, a forma de governar guardava muitas semelhanças e flertes com a via nazifascista, incluindo o caráter totalitário da Constituição de 1937; e, internacionalmente, o Brasil agia sem assumir compromissos claros e definitivos com nenhum dos dois campos, mas sim buscando meios para viabilizar sua industrialização. E é importante que se perceba que as tensões internacionais e as dificuldades da guerra faziam com que a tolerância internacional frente a esse comportamento fosse ampliada de maneira generosa, permitindo com que o Brasil estendesse ao máximo as contradições de sua neutralidade. Apenas com a entrada dos EUA na guerra (dezembro de 1941), a equidistância pragmática vai sendo estrangulada e o Brasil vai se aproximando da tomada crítica de decisão. Mesmo assim, o governo brasileiro ainda levaria cerca de oito meses para fixar os termos de seu engajamento e de seu apoio ao lado dos aliados na guerra, desenvolvendo antes uma longa negociação com os EUA procurando conseguir recursos para o desenvolvimentismo brasileiro em troca do apoio contra o Eixo. Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a) diplomacia omissa e pendular
b) protagonismo regional
c) pragmatismo equidistante
d) 
dependência mediadora
e) terceira via

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

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