“Atualmente, os bebês entram em um espaço educacional muito cedo. Já a partir dos quatro meses circulam em ambientes públicos e coletivos e se relacionam com diferentes pessoas, de todas as idades, sendo que muitas vezes, permanecem nesses ambientes mais tempo do que no convívio com suas famílias. Sabe-se, porém, a partir do referencial psicanalítico freudiano e lacaniano, que operações psíquicas sustentam o início da subjetividade a partir de um lugar Outro que não o organismo, o que imprime grande responsabilidade às creches, uma vez que essas operações podem fazer-se sem que sejam necessariamente pilotadas pelas mesmas pessoas que exercem as funções materna e paterna. Ou seja, podem ser pilotadas pelo professor na creche” (BRIDON & KUPFER, 2014, p. 276). Assinale a alternativa que apresenta um indicador clínico de referência do desenvolvimento infantil (IRDI) da faixa etária entre os 4 e os 8 meses e que deve ser observado na relação entre professora e bebê, na creche:
- A) A professora dá suporte às iniciativas da criança sem poupar-lhe o esforço.
- B) A criança estranha pessoas desconhecidas para ela.
- C) A professora alterna momentos coletivos com momentos de dedicação exclusiva à criança.
- D) A professora já não se sente mais obrigada a satisfazer tudo que a criança pede.
- E) A professora coloca pequenas regras de comportamento à criança.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) A professora dá suporte às iniciativas da criança sem poupar-lhe o esforço.
Gabarito Letra A
“Atualmente, os bebês entram em um espaço educacional muito cedo. Já a partir dos quatro meses circulam em ambientes públicos e coletivos e se relacionam com diferentes pessoas, de todas as idades, sendo que muitas vezes, permanecem nesses ambientes mais tempo do que no convívio com suas famílias. Sabe-se, porém, a partir do referencial psicanalítico freudiano e lacaniano, que operações psíquicas sustentam o início da subjetividade a partir de um lugar Outro que não o organismo, o que imprime grande responsabilidade às creches, uma vez que essas operações podem fazer-se sem que sejam necessariamente pilotadas pelas mesmas pessoas que exercem as funções materna e paterna. Ou seja, podem ser pilotadas pelo professor na creche” (BRIDON & KUPFER, 2014, p. 276). Assinale a alternativa que apresenta um indicador clínico de referência do desenvolvimento infantil (IRDI) da faixa etária entre os 4 e os 8 meses e que deve ser observado na relação entre professora e bebê, na creche:
a) A professora dá suporte às iniciativas da criança sem poupar-lhe o esforço.
Certo! Vamos relembrar todos os indicadores de 4 a 8 meses:
6. A criança começa a adaptar-se à rotina da creche.
7. A criança utiliza sinais diferentes para expressar suas diferentes necessidades.
8. A criança solicita a professora e faz um intervalo para aguardar sua resposta.
9. A professora fala com a criança dirigindo-lhe pequenas frases.
10. A criança reage (sorri, vocaliza) quando a professora ou outra pessoa está se dirigindo a ela.
11. A criança procura ativamente o olhar da professora.
12. A professora dá suporte às iniciativas da criança sem poupar-lhe o esforço.
13. A criança pede a ajuda de outra pessoa sem ficar passiva.”
b) A criança estranha pessoas desconhecidas para ela.
Errado. Esse é um indicador esperado de 8 a 12 meses.
c) A professora alterna momentos coletivos com momentos de dedicação exclusiva à criança.
Errado. Esse é um indicador esperado de 12 a 18 meses.
d) A professora já não se sente mais obrigada a satisfazer tudo que a criança pede.
Errado. Esse é um indicador esperado de 12 a 18 meses.
e) A professora coloca pequenas regras de comportamento à criança.
Errado. Esse é um indicador esperado de 12 a 18 meses.
Assim, nosso gabarito é Letra A
Fonte: Brandão, Daniela Bridon dos Santos Reis e Kupfer, Maria Cristina MachadoA construção do laço educador-bebê a partir da Metodologia IRDI1 1 Este artigo foi produzido no interior da pesquisa “Metodologia IRDI: uma intervenção junto a educadores de creche a partir da Psicanálise” financiada pela FAPESP – Processo 2012/50156-4. . Psicologia USP [online]. 2014, v. 25, n. 3 [Acessado 11 Fevereiro 2022] , pp. 276-283.
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