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Partindo do pressuposto de que a realidade social é produzida historicamente e, como tal, traz no seu interior contradições as quais ora acenam para a mudança ora para a reprodução das relações sociais, qualquer análise que se pretenda fazer em relação à educação, portanto, é imprescindível levar em consideração o contexto histórico-socialpolítico-cultural em que está inserida.

 

Ao se falar em fracasso escolar no interior da escola pública, entendemos que é preciso contextualizá-lo e historicizá-lo. As altas taxas de evasão e repetência não são recentes, mas um fenômeno presente há, pelos menos, seis décadas, e pouco se conseguiu fazer para alterá-las.

 

 

O fracasso escolar surgiu, quando a maioria da população, formado por membros das classes trabalhadoras urbanas e rurais, teve acesso à escola pública e gratuita. Situação esta que julgamos excessivamente injusta e inaceitável e sua superação requer aprofundamento e análise da questão.

 

Forgiarini, S. A. B. e Silva, J. C. da. (2008). Fracasso escolar no contexto da escola pública: entre mitos e realidades.

 

Sobre a história do fracasso escolar, assinale a alternativa correta:

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) Na década de 40, a tendência era a psicologização das dificuldades da aprendizagem, os destinatários deste diagnóstico foram, mais uma vez, as crianças provenientes dos segmentos das classes trabalhadoras dos grandes centros urbanos, que tradicionalmente integram em maior número o contingente de fracassados na escola". Nesse sentido, o movimento de higiene mental.

Gabarito: Letra A

 

Sobre a história do fracasso escolar, assinale a alternativa correta:

a) Na década de 40, a tendência era a psicologização das dificuldades da aprendizagem, os destinatários deste diagnóstico foram, mais uma vez, as crianças provenientes dos segmentos das classes trabalhadoras dos grandes centros urbanos, que tradicionalmente integram em maior número o contingente de fracassados na escola". Nesse sentido, o movimento de higiene mental.

Certo!

“Na década de 40, a tendência à psicologização das dificuldades da aprendizagem é levada às últimas consequências. E, de acordo com Patto (1999, p.67), “os destinatários deste diagnóstico foram, mais uma vez, as crianças provenientes dos segmentos das classes trabalhadoras dos grandes centros urbanos, que tradicionalmente integram em maior número o contingente de fracassados na escola”. Nesse sentido, o movimento de higiene mental. (...) colaborou para justificar o acesso desigual das classes sociais aos bens culturais, ao restringir a explicação de suas dificuldades de escolarização ao âmbito das disfunções psicológicas. [...]. Seu prestígio foi tão forte que suplantou, na explicação do fracasso escolar, uma das premissas do pensamento escola novista que não podia ser negligenciada: a de que a estrutura e funcionamento da escola e a qualidade do ensino seriam os principais responsáveis pelas dificuldades de aprendizagem (PATTO, 1999, p.69).”

 

b) As explicações dadas à questão do fracasso escolar da escola pública brasileira, segundo estudos de Patto (1999), foram baseadas na escola num sentido de atribuir à culpa a esta e a quem nela trabalha, não a relacionando com o contexto social e político.

Errado. A princípio, as explicações para o fracasso escolar eram relacionadas com a cor da pele dos alunos, e não com a escola.

“As explicações dadas à questão do fracasso escolar da escola pública brasileira, segundo estudos de Patto (1999), foram baseadas, num primeiro momento, nas teorias racistas, por volta do ano de 1870, quando os colonizadores tinham os colonizados como seres inferiores intelectualmente e, como tais, incapazes de aprender. O auge destas ideias racistas foi o período de 1850 a 1930, em que os intelectuais brasileiros começaram a atentar para as questões da escola e da aprendizagem escolar sob a influência da filosofia e da ciência francesas.”

 

c) Até o século XXI houve um predomínio das explicações das causas do fracasso escolar em função das características biológicas, psicológicas e sociais dos alunos, em detrimento à explicação que considerava os aspectos estruturais e funcionais do sistema de ensino como determinante desse fracasso.

Errado. Essas explicação predominaram até a década de 1970, e o século XXI só começou em 2001.

 

d) Até a década de 1980, as tentativas de explicação do fracasso escolar estavam voltadas para culpabilizar principalmente o Estado e o foco dos estudos voltou-se para a instituição escolar como um dos fatores determinantes deste problema.

Errado. Até 1980 a tendência era culpabilizar o aluno e sua família.

“Até a década de 1980, as tentativas de explicação do fracasso escolar estavam voltadas para culpabilizar principalmente o sujeito que sofria o fracasso e a sua família, como se fossem seres inertes, solta no tempo e no espaço. E raras vezes o foco dos estudos voltou-se para a instituição escolar como um dos fatores determinantes deste problema. Mas, quando o fizeram, também foi num sentido de atribuir à culpa a esta e a quem nela trabalha, não a relacionando com o contexto social e político.”

 

e) Nos anos 50, quando se elaborou a teoria da carência cultural que surge como resposta política aos movimentos reivindicatórios das minorias raciais norte-americanas e dos grupos sociais mais atingidos pela exploração econômica e pela dominação cultural que não aceitam a desigualdade e a denunciam, assim sendo derrubada a ideia anterior que a dificuldade de aprendizagem ocorria apenas aos menos favorecidos da sociedade.

Errado. A teoria da carência cultural foi elaborada nos anos 70.

“Essa versão atingiu seu ponto mais alto nos anos 70, quando se elaborou a teoria da carência cultural “que surge como resposta política aos movimentos reivindicatórios das minorias raciais norte-americanas e dos grupos sociais mais atingidos pela exploração econômica e pela dominação cultural que não aceitam a desigualdade e a denunciam” (idem, p.68-71). “Quando as teorias ambientalistas se propõem a explicar o insucesso escolar e profissional desigual entre os integrantes das classes sociais, fundamentam-se em preconceitos e estereótipos que, com uma nova fachada científica, passam a orientar a política educacional” (idem, p.72). Desenvolve-se, então, uma forte tendência social de fazer do pobre o depositário de todos os defeitos e os adultos dessa classe era tido como mais agressivos, relapsos, desinteressado pelos filhos, inconstantes, viciados e imorais do que os das classes dominantes.”

 

Nosso gabarito é Letra A

 

Fonte: Fracasso escolar: uma análise das variáveis que contribuem para esse fenômeno e as propostas de solução. Disponível em: http://bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/701/1/Fracasso%20escolar-%20uma%20an%C3%A1lise%20das%20vari%C3%A1veis%20que%20contribuem

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