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Maria Cristina Kupfer e Renata Petri (2000), embora reconheçam que os marcos legais da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva não vieram acompanhados de providências que permitissem o seu adequado cumprimento, defendem a inclusão escolar de crianças autistas e psicóticas principalmente em razão da sua função:

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Resposta:

A alternativa correta é letra D) de circulação social

Gabarito: Letra D

Maria Cristina Kupfer e Renata Petri (2000), embora reconheçam que os marcos legais da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva não vieram acompanhados de providências que permitissem o seu adequado cumprimento, defendem a inclusão escolar de crianças autistas e psicóticas principalmente em razão da sua função:
a)  lúdica
b)  pedagógica
c)  de inserção no mercado de trabalho
d)  de circulação social

As autoras propõem uma discussão sobre o porquê de ensinar uma criança que não pode aprender, e respondem dizendo que, para essas crianças psicóticas e autistas, a inclusão na escola é terapêutica, especialmente em razão da função de circulação social. Veja:

“Assim, se alguns psicóticos adultos tiveram a chance de produzir, em períodos fora de crise, algumas suplências de laço que lhes permitiram estudar, aprender uma profissão e eventualmente ter uma circulação social, muitas crianças não têm a mesma sorte. A interrupção do desenvolvimento as captura em um momento anterior a qualquer aprendizagem, ainda que frágil ou suplente, do universo social.

Por essa razão, o tratamento da psicose infantil precisa ter como norte o estabelecimento do laço social. Se, no entanto, esse resgate pode ser pensado, estruturalmente falando, como impossível, devido à própria posição em que se encontra um psicótico em relação ao discurso, encontram-se na literatura formas de fazer face ou mesmo de contornar essa impossibilidade. Se não há laço, pode haver, por outro lado, enlace, entendido justamente como uma forma de circulação social possível (Albe & Maganán, 1991).

As possibilidades de enlace ou de circulação social e escolar são bem mais extensas do que se supunha anos atrás. A casuística acumulada vem apontando que essa extensão é significativa a ponto de estar aumentando, por exemplo, o número de crianças que freqüentam com sucesso as escolas inclusivas. Demonstra, ainda, que essas crianças apresentam uma estabilização, uma melhora e uma alteração na posição diante do Outro social se essa inclusão escolar é acompanhada de um tratamento adequado.

Em um seminário a respeito do laço e da circulação social de crianças psicóticas e autistas, Albe e Magarián (1991) perguntam-se a respeito do papel da escola na produção do laço social. Ali, respondem eles, poderá produzir-se a função de enlace, termo que se aproxima daquilo que poderíamos também chamar de "efeitos da circulação social". Um trabalho analítico pode restabelecer algo do laço social, e a escola, ou a circulação social que ela acarreta, reforça esse pouco do laço pondo-o em ato.”

Nosso gabarito é Letra D

 

Referência

Kupfer, Maria Cristina M., & Petri, Renata. (2000). "Por que ensinar a quem não aprende?. Estilos da Clinica5(9), 109-117. Recuperado em 08 de abril de 2021, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282000000200008&lng=pt&tlng=pt.

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