Segundo o geógrafo Milton Santos, em sua obra Por uma outra globalização, o fenômeno da globalização é identificado pelo autor como:
- A) positiva geograficamente e um fenômeno global.
- B) perversa e desumana.
- C) precária e economicamente necessária ao planeta.
- D) produtiva e rica para a humanidade.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) perversa e desumana.
GABARITO LETRA B
Segundo o geógrafo Milton Santos, em sua obra Por uma outra globalização, o fenômeno da globalização é identificado pelo autor como:
a) positiva geograficamente e um fenômeno global.
ERRADA. A visão da alternativa não é a do autor. Construir relações humanas baseadas na solidariedade era um desejo de Milton Santos. Ele propunha uma revisão da globalização, que deveria ser "mais humana”, sem descartar a base técnica que sustenta a globalização econômica e financeira. A obra de Milton Santos chegou a propor uma outra globalização, baseada na solidariedade, embora reconhecesse que ela afetou a cultura atual.
b) perversa e desumana.
CORRETA. Milton Santos descreve que “ a globalização atual é perversa, fundada na tirania da informação e do dinheiro, na competitividade, na confusão dos espíritos e na violência estrutural, acarretando o desfalecimento da política feita pelo Estado e a imposição de uma política comandada pelas empresas. A perversidade sistêmica que está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracteriza ações hegemônicas. Todo esse contexto deixa a globalização numa esfera desumana.
c) precária e economicamente necessária ao planeta.
ERRADA. O autor não tem esse prognóstico da alternativa. Milton Santos teorizou e criticou sobre estes aspectos do mundo contemporâneo, propondo, ao final de sua vida, uma globalização solidária, baseada em outros valores que a da hegemônica.
d) produtiva e rica para a humanidade.
ERRADA. O autor defende que a globalização e perversa e desumana, ao contrário da alternativa. Milton Santos traz para a globalização a perspectiva da fábrica de perversidades. Segundo ele, as perversidades encontradas no mundo globalizado ocorrem devido às facilidades de minimizar os custos e maximizar os lucros, mesmo que este custo prejudique toda uma classe social. Por fim, o autor enfatiza em sua obra uma possibilidade de outra globalização, que aconteceria com um caráter mais humano e solidário. O autor demonstra acreditar numa mudança que aconteceria de baixo para cima, partindo dos países subdesenvolvidos, dos deserdados e a partir do exercício do pensamento livre, com o conhecimento e a unicidade do planeta utilizados para outros objetivos.
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