A figura reproduzida a seguir representa uma célula encontrada em organismos eucariontes, tais como vegetais, animais, fungos, algas e protozoários. Esse tipo de célula tem diversas organelas no citoplasma, e o material genético envolvido por membrana é separado em um núcleo.
Considere as seguintes informações sobre duas organelas da célula representada.
De acordo com essas informações, as organelas I e II são, respectivamente,
- A) lisossomos e complexo de Golgi.
- B) mitocôndrias e lisossomos.
- C) citoplasmas e complexo de Golgi.
- D) centríolos e retículo endoplasmático liso.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) lisossomos e complexo de Golgi.
Gabarito da banca: Letra "A"
Entendimento: Letra "A"
Acompanhe minha análise:
Na imagem, I representa os lisossomos. A própria questão traz as funções: "Tem vesículas que fazem a digestão e a limpeza celular. Suas enzimas degradam moléculas grandes e organelas envelhecidas". Em resumo: digestão intracelular é função típica dos lisossomos. Os lisossomos participam da destruição celular, em determinadas situações que sua membrana se rompe e as enzimas em seu interior passam para o citoplasma destruindo‐o. Os lisossomos se originam no complexo de Golgi e fazem a digestão intracelular. Mas, note bem: os lisossomos participam da fagocitose e de outros processos:
Os lisossomos são ativos mesmo em células que não realizam fagocitose. As células são sistemas dinâmicos; alguns componentes celulares estão constantemente sendo degradados e substituídos por novos. A destruição programada dos componentes celulares é chamada de autofagia, e os lisossomos são os locais onde a célula degrada seus próprios materiais. Com sinalização apropriada, os lisossomos podem engolfar organelas inteiras, hidrolisando seus constituintes.
Quão importante é a autofagia? Uma classe inteira de doenças humanas chamadas de doenças de armazenamento lisossômico é causada pela falha dos lisossomos em digerir componentes celulares específicos; essas doenças são invariavelmente prejudiciais ou fatais. Um exemplo é a doença de Tay-Sachs, na qual um lipídeo específico chamado de gangliosídeo não é degradado nos lisossomos e, em vez disso, acumula-se nas células cerebrais. Na forma mais comum dessa doença, um bebê começa a exibir sintomas neurológicos e torna-se cego, surdo e incapaz de engolir após os 6 meses de idade. A morte ocorre antes dos 4 anos de idade. (SADAVA et al., 2020, p. 94-95, grifo meu).
Referência: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1. Constituintes químicos da vida, células e genética.
Na imagem, II representa o complexo de Golgi: "É a organela que processa, empacota e armazena substâncias produzidas pelos ribossomos". De maneira mais completa, vale dizer, conforme Sadava et al. (2020, p. 94, grifo meu):
O aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi, ou apenas Golgi) é outra parte do diverso, dinâmico e extenso sistema de endomembranas [...). Essa estrutura recebeu o nome de seu descobridor, Camillo Golgi. Sua aparência varia, mas quase sempre consiste em dois componentes: sacos membranosos achatados chamados de cisternas, que são empilhados como pratos, e pequenas vesículas envoltas por membrana. Todo o aparelho possui cerca de 1 μm de comprimento.
O aparelho de Golgi tem vários papéis:
- recebe vesículas contendo proteínas do RER;
- modifica, concentra, empacota e classifica as proteínas antes que elas sejam enviadas para seus destinos celulares ou extracelulares;
- adiciona carboidratos às proteínas e modifica outros carboidratos que foram anexados às proteínas no RER;
- é onde alguns polissacarídeos para a parede celular vegetal são sintetizados.
Referência: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1. Constituintes químicos da vida, células e genética.
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