O território brasileiro é dividido em seis biomas (Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal) mais o chamado Sistema Costeiro-Marinho. O Rio Grande do Sul apresenta em seu território dois desses biomas: A Mata Atlântica e o Pampa.

A alternativa correta é letra E) F – F – V – V – V.

Resolução

GABARITO LETRA E

(  F) O Bioma Pampa ocupa cerca de 40% do território gaúcho. Os outros 60% são ocupados pelo bioma Mata Atlântica.

FALSO. No Brasil, o Bioma Pampa possui uma área de 178.243 km² e está restrito ao Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 63% do Estado e 2% do Brasil. Este bioma compreende um conjunto ambiental de diferentes solos recobertos, predominantemente, por vegetações campestres, sendo caracterizado por clima chuvoso, sem período seco sistemático, mas marcado pela frequência de frentes polares e temperaturas negativas no inverno.

O domínio do bioma Mata Atlântica, que pode ser definido pela presença predominante de vegetação florestal, se estende por cerca de 37% do território gaúcho. Observe a imagem abaixo.

(  F ) Antes da expansão da pecuária pela região do Pampa, a área foi ocupada por colonos que ali cultivavam soja e milho.

FALSO. As condições ambientais do pampa (clima, solo, relevo e vegetação) condicionaram essa região a desenvolver suas atividades econômicas tendo como referência a produção de gado de forma extensiva.

Durante o período colonial, até meados do século XX, a atividade econômica predominante era a pecuária – especificamente de bovinos, ovinos e equinos.

No território que mais tarde se transformou no atual Rio Grande do Sul, os sacerdotes jesuítas sob bandeira espanhola começaram a fundar reduções a partir do final do século 16. Aldearam indígenas do povo guarani e introduziram o gado bovino (Bos taurus Linnaeus), o mais impactante dos animais exóticos introduzidos no pampa. Estes vacuns descenderam dos primeiros animais trazidos por portugueses e espanhóis no início da colonização para diversos pontos da América.

(V  ) A diminuição da vegetação nativa campestre do bioma Pampa decorre das expansões da produção agrícola, da silvicultura e das pastagens cultivadas, sendo que a soja é o principal cultivo a ocupar as áreas originalmente constituídas de vegetação.

VERDADEIRO. O bioma Pampa é um dos seis biomas nacionais e ocupa somente um estado, representando somente 2,07% do território nacional – o que corresponde a 176.496 km² (IBGE, 2004). No entanto, a partir da década de 1970, o advento da Revolução Verde, processo no qual proporcionou a modernização tecnológica da agricultura, provocou um fomento de monoculturas agrícolas, simultâneas a pecuária extensiva nesta região. Assim, a paisagem do bioma Pampa começou a sofrer alterações socioambientais por conta do surgimento de monoculturas

Boa parte da superfície originalmente coberta pela vegetação campestre no Pampa Gaúcho foi substituída por outros tipos de cobertura vegetal, como é o caso da soja, processo que aconteceu de forma rápida e sem limites.

A sojicultura tem marcado um novo tipo de exploração do pampa, promovendo mudanças drásticas nas paisagens naturais, e no território, que outrora era dominado pela pecuária extensiva, se tornando em um grande deserto verde pelo plantio de soja. O Plantio da soja, vem sendo o elemento chave de uma mudança na paisagem pampeana, desencadeando um processo intenso e perverso de consolidação do neoextrativismo nessa região.

(  V) A economia da região tradicionalmente sempre foi baseada na criação extensiva de gado, mas, ao longo dos anos, a pecuária familiar predominante foi perdendo espaço para a produção de grãos, além da obtenção da celulose, a partir da silvicultura.

VERDADEIRO. O Bioma Pampa se caracteriza por predominância de extensa área de campo, de vocação natural para a pecuária. Verifica-se o cultivo do arroz, principalmente nas áreas de várzea. Atualmente, parte das áreas destinadas à pecuária vem sendo transformadas em plantio de soja e, no Sudoeste, há milhares de hectares plantados com eucaliptos.

A crise da pecuária no estado do Rio Grande do Sul fez com que empresas de celulose adquirissem terras e arrendassem propriedades para a produção. A silvicultura foi incentivada pelo estado com o intuito de diversificar a produção, gerando capital e renda, especialmente para os grandes empresários rurais e as empresas agroindustriais.. A produção se expandiu pelas regiões do Pampa, acarretando transformações na paisagem.

Foi na década de 1970 que o Estado começou a atuar de forma decisiva, impulsionando “o surto modernizador”. Ocorreram, assim, mudanças drásticas na base técnica da produção agrícola, sobretudo, com os produtos que o mercado começava a exigir, como é o caso dos grãos destinados à exportação, principalmente a cultura da soja.

( V ) A silvicultura, para a produção de celulose, é também grande responsável pela perda da biodiversidade. O cultivo de pinus e eucalipto empobrecem o solo, formando o que muitos estudiosos chamam de “desertos verdes”.

VERDADEIRO. O clima e o solo do Rio Grande do Sul são os principais atrativos para as grandes empresas de celulose. O tempo de rotação chega a ser até 10 vezes menor do que em países nórdicos.

A expressão “deserto verde”, é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra, para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. As árvores mais utilizadas para este cultivo são, sobretudo o eucalipto, pinus e acácia. Estes lugares, segundo os ambientalistas, reduziram a água disponível, extinguiram espécies e também empregos, pois as atividades foram todas mecanizadas.

 Logo, a ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: F – F – V – V – V.