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Martin Meredith (2017) afirmou que “A Bélgica encarava o Congo essencialmente como um bem valioso que só precisava de uma boa gestão. Desde o fim do Estado Livre do Congo, do rei Leopoldo, em 1908, os assuntos do Congo tinham sido controlados rigidamente de Bruxelas, por um pequeno grupo de gestão que representava uma aliança entre o governo, a Igreja Católica e empresas”. Sobre a região do Congo, durante o século XX, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

 

( ) Em essência, o governo providenciava a administração, a Igreja cuidava da educação e do bem-estar moral e as mineradoras produziam a receita para manter a empreitada.

 

( ) O Congo era um empreendimento lucrativo em virtude da profusão de cobre, diamantes e urânio, o que permitia que a Bélgica mantivesse um quadro de lei, ordem e desenvolvimento limitado à capital da região.

 

( ) Os missionários eram ativos na construção de escolas primárias e clínicas e as mineradoras, no leste do Congo, ofereciam a seus funcionários habitação, sistemas de previdência e formação técnica, na expectativa de que com educação rígida, liderança sábia e benefícios materiais suficientes, a população ficaria contente com o governo.

 

( ) Os congoleses foram encorajados a se formar como funcionários administrativos, médicos, advogados ou arquitetos, o que favoreceu a formação de uma elite negra que como comunidade privilegiada, tornou-se proprietária de terra e passou a ter o direito de cidadania belga.

 

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) V – F – V – F.

Gabarito: Letra D

 

Trata-se de uma questão que foi elaborada com base no livro do historiador Martin Meredith, portanto, bem específica.

 

A sequência correta é V, F, V, F.

 

Vamos analisar proposição por proposição.

 

(V) Em essência, o governo providenciava a administração, a Igreja cuidava da educação e do bem-estar moral e as mineradoras produziam a receita para manter a empreitada.

 

O Congo-Belga foi um território da África explorado pela Bélgica. Era uma propriedade pessoal do rei dos belgas, Leopoldo II. Uma vez que os assuntos da colônia eram controlados pela Igreja, pelas empresas de mineração e negócios e pelo próprio rei, era nítida a divisão exercida na sociedade congolesa. A Igreja cuidava da educação e do bem-estar moral, as mineradoras produziam a receita para manter a empreitada colonial e o rei era o administrador de tudo.

  

(F) O Congo era um empreendimento lucrativo em virtude da profusão de cobre, diamantes e urânio, o que permitia que a Bélgica mantivesse um quadro de lei, ordem e desenvolvimento limitado à capital da região.

 

Essa proposição tornou-se falsa ao dizer que a lei, ordem e desenvolvimento estava restrita à capital, quando, na verdade, a lei, a ordem e o desenvolvimento valia para toda a colônia belga, das cidades ao mundo rural.

 

(V) Os missionários eram ativos na construção de escolas primárias e clínicas e as mineradoras, no leste do Congo, ofereciam a seus funcionários habitação, sistemas de previdência e formação técnica, na expectativa de que com educação rígida, liderança sábia e benefícios materiais suficientes, a população ficaria contente com o governo.

 

De acordo com Martin Meredith essas ações promovidas por missionários e pelas mineradoras eram vistas como importantes para que a população congolesa ficasse contente com o governo belga para o resto das vidas.

 

(F) Os congoleses foram encorajados a se formar como funcionários administrativos, médicos, advogados ou arquitetos, o que favoreceu a formação de uma elite negra que como comunidade privilegiada, tornou-se proprietária de terra e passou a ter o direito de cidadania belga.

 

Segundo Martin Meredith, embora os congoleses fossem encorajados a se formar como funcionários administrativos, auxiliares de enfermagem ou mecânicos, eram proibidos de se tornarem médicos, advogados ou arquitetos. Os belgas reprimiram o surgimento de uma elite negra, que poderia exigir uma mudança no sistema.

 

Referência:

 

MEREDITH, Martin. O destino da África. Cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

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