Ao estudar a comunicação perversa no âmbito do assédio moral, Hirigoyen afirma: I – Muito mais que a mensagem direta, o perverso utiliza de preferência uma junção de subentendidos e de não ditos, destinada a criar um mal-entendido, para em seguida explorá-lo em proveito próprio.                                         PORQUE II – Em uma troca verbal, um procedimento muito direto leva o parceiro (interlocutor) a denunciar o autoritarismo do agressor, ao contrário de técnicas indiretas que desestabilizam e levam a duvidar da realidade do que acontece. Sobre as afirmações acima, pode-se dizer que: 

Ao estudar a comunicação perversa no âmbito do assédio moral, Hirigoyen afirma:


I - Muito mais que a mensagem direta, o perverso utiliza de preferência uma junção de subentendidos e de não ditos, destinada a criar um mal-entendido, para em seguida explorá-lo em proveito próprio.


PORQUE


II - Em uma troca verbal, um procedimento muito direto leva o parceiro (interlocutor) a denunciar o autoritarismo do agressor, ao contrário de técnicas indiretas que desestabilizam e levam a duvidar da realidade do que acontece.


Sobre as afirmações acima, pode-se dizer que:

• A)I e II estão corretas, e a afirmação II é uma justificativa da afirmação I.
• B)I e II estão corretas, mas a afirmação II não é uma justificativa da afirmação I.
• C)somente I está correta.
• D)somente II está correta.
• E)I e II estão incorretas.

Essa é uma questão fundamental para entender como o assédio moral se manifesta em nossas relações sociais. Hirigoyen nos apresenta uma visão profunda sobre como os perversos utilizam a comunicação para manipular e controlar as pessoas. A afirmação I destaca a importância de não dizer explicitamente o que se quer, mas sim criar um ambiente de ambiguidade e dúvida. Isso possibilita ao perverso explorar os pontos fracos do outro e manipulá-lo de acordo com seus objetivos.

Já a afirmação II nos apresenta outro aspecto interessante. Quando há uma troca verbal direta, é mais fácil identificar a intenção do agressor e denunciar seu autoritarismo. No entanto, quando se utiliza de técnicas indiretas, como insinuações e subentendidos, a vítima pode começar a duvidar da realidade do que está acontecendo. Isso cria um clima de insegurança e desestabilização, que é justamente o que o perverso procura.

Portanto, é correto afirmar que I e II estão corretas, e a afirmação II é uma justificativa da afirmação I. O uso de subentendidos e não ditos é uma técnica eficaz para criar um mal-entendido e explorá-lo em proveito próprio, e a escolha por técnicas indiretas em vez de diretas é justamente para evitar que a vítima identifique o autoritarismo do agressor.

Essa é uma lição valiosa para todos nós, pois nos permite entender melhor como o assédio moral se manifesta em nossas relações sociais e como podemos nos proteger dessas práticas perversas. Ao estar atento às técnicas de comunicação utilizadas pelas pessoas, podemos evitar cair nas armadilhas dos perversos e manter nossas relações saudáveis e respeitosas.