Trabalhador rural, com história de picada de cobra no tornozelo direito há 30 minutos, está sendo atendido na unidade de saúde. Informou que o acidente ocorreu durante o trabalho de roçar e que não conseguira ver ou capturar o animal. Colocado em observação enquanto aguardava remoção, começou a apresentar parestesia local, mialgia, ptose palpebral bilateral, flacidez da musculatura da face, alteração do diâmetro pupilar, incapacidade de movimentação do globo ocular, diplopia e urina de tonalidade marrom. Frente aos sinais e sintomas apresentados pela vítima, deve-se suspeitar de um acidente
o trabalho de roçar e que não conseguira ver ou capturar
o animal. Colocado em observação enquanto aguardava
remoção, começou a apresentar parestesia local, mialgia, ptose palpebral bilateral, flacidez da musculatura da
face, alteração do diâmetro pupilar, incapacidade de movimentação do globo ocular, diplopia e urina de tonalidade marrom.
deve-se suspeitar de um acidente
- A)por colubrídeos.
- B)crotálico.
- C)botrópico.
- D)elapídico.
- E)laquético.
Resposta:
A alternativa correta é B)
O caso apresentado descreve um trabalhador rural vítima de picada de cobra, que desenvolveu rapidamente sintomas neurológicos graves, como ptose palpebral, flacidez facial, alterações pupilares e diplopia, além de mialgia e urina escura. Esses sinais são característicos de envenenamento por serpentes do gênero Crotalus, popularmente conhecidas como cascavéis, cujo veneno possui ação neurotóxica, miotóxica e nefrotóxica.
A presença de parestesia local e sintomas neuromusculares progressivos (como paralisia ocular e facial) sugere fortemente um acidente crotálico (alternativa B), diferenciando-se de acidentes botrópicos (que causam principalmente edema e necrose) ou elapídicos (mais raros no Brasil). A urina marrom é um marcador clássico de miólise induzida pelo veneno crotálico.
O tratamento imediato deve incluir soroterapia específica com soro anticrotálico, monitoração de funções vitais e suporte respiratório, visto o risco de insuficiência renal aguda e paralisia muscular respiratória. Este caso ilustra a importância do reconhecimento precoce dos sinais clínicos para orientação terapêutica em acidentes ofídicos.
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