Logo após sofrer violência sexual, uma mulher é atendida no recurso de saúde. Uma das recomendações para estabelecer a eventual presença de DST, HIV ou hepatite B e C é a coleta imediata de
Logo após sofrer violência sexual, uma mulher é atendida no recurso de saúde. Uma das recomendações para estabelecer a eventual presença de DST, HIV ou hepatite B e C é a coleta imediata de
- A)conteúdo vaginal para exame bacterioscópico e de cultura e, eventualmente, biologia molecular, com investigação endocervical para o gonococo, clamídia e HPV.
- B)sangue e, após respeitar o período da janela imunológica de cada doença, de amostra da secreção e do epitélio vaginal.
- C)amostra da secreção e do epitélio vaginal e de sangue para exame de hemograma, coagulograma, transaminases e do ácido vanil-mandélico se for iniciar a profilaxia com anti-retrovirais.
- D)amostra da secreção e do epitélio vaginal e, após respeitar o período da janela imunológica de cada doença, de sangue.
- E)sangue, urina, secreção vaginal e epitélio anal, de acordo com o fluxograma de detecção de anticorpos anti-HIV, independentemente do consentimento da mulher ou dos familiares.
Resposta:
A alternativa correta é A)
O atendimento adequado a mulheres vítimas de violência sexual é um aspecto crucial da saúde pública, especialmente no que diz respeito à prevenção e diagnóstico precoce de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). No cenário apresentado, onde uma mulher busca atendimento médico logo após sofrer violência sexual, a conduta correta para estabelecer a eventual presença de DSTs, HIV ou hepatites B e C é a coleta imediata de conteúdo vaginal para exames bacterioscópicos, cultura e, eventualmente, biologia molecular, incluindo investigação endocervical para gonococo, clamídia e HPV.
Essa abordagem, correspondente à alternativa A), é a mais indicada por vários motivos. Primeiramente, a coleta de material vaginal permite a identificação direta de agentes infecciosos no local mais provável de contaminação após uma agressão sexual. Exames como bacterioscopia e cultura são essenciais para detectar infecções bacterianas, como gonorreia e clamídia, enquanto a biologia molecular aumenta a sensibilidade do diagnóstico, principalmente para o HPV, que pode não ser detectado em exames convencionais.
As outras alternativas apresentam limitações ou incorreções. A alternativa B) sugere aguardar o período da janela imunológica, o que retardaria o diagnóstico e o tratamento. A alternativa C) inclui exames desnecessários para o contexto, como coagulograma e dosagem de ácido vanil-mandélico, que não são prioritários na avaliação inicial. A alternativa D) também propõe esperar a janela imunológica para coleta de sangue, o que não é recomendado na fase aguda. Por fim, a alternativa E) é inadequada tanto por incluir exames sem indicação clínica imediata (como urina e epitélio anal) quanto por desconsiderar o consentimento da paciente, um princípio ético fundamental no atendimento médico.
Portanto, a alternativa A) representa a conduta mais adequada, alinhada com protocolos clínicos e diretrizes de saúde pública para o atendimento a vítimas de violência sexual, garantindo diagnóstico preciso e oportuno para melhor orientar o tratamento e acompanhamento da paciente.
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