O desuso muscular é um dos principais fatores para limitações funcionais em diversas patologias crônicas, como a insuficiência cardíaca e DPOC. Qual das alterações musculares relacionadas é consequência do desuso?

O desuso muscular é um fenômeno crítico que impacta diretamente a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Entre as alterações musculares decorrentes da inatividade, a redução da capilarização muscular (alternativa B) destaca-se como uma consequência direta e relevante.

A capilarização refere-se à rede de capilares sanguíneos que irrigam o tecido muscular, garantindo o suprimento adequado de oxigênio e nutrientes durante a atividade física. Com o desuso, ocorre um processo adaptativo negativo: o organismo reduz essa rede vascular como parte da atrofia muscular, limitando ainda mais a capacidade funcional. Essa alteração contrasta com as outras opções apresentadas:

• A) Redução da acidose lática: Incorreta, pois o desuso prejudica a capacidade oxidativa, aumentando a dependência de metabolismo anaeróbio e, consequentemente, a produção de lactato.
• C) Aumento da densidade mitocondrial: Incorreta, já que a inatividade diminui a biogênese mitocondrial, reduzindo a eficiência energética.
• D) Aumento da formação de pontes cruzadas: Incorreta, pois a atrofia por desuso leva à perda de filamentos de actina e miosina, enfraquecendo a contração.

Portanto, a redução da capilarização emerge como a resposta correta, refletindo um dos mecanismos centrais pelo qual o desuso muscular agrava a limitação funcional em condições crônicas. Essa compreensão é essencial para direcionar estratégias de reabilitação que visem à reativação vascular e muscular.