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Para a fenomenologia, o corpo (e, por consequência, o corpo doente) é um produto da cultura, independentemente de sua inserção prática no mundo.

Para a fenomenologia, o corpo (e, por consequência, o corpo doente) é um produto da cultura,
independentemente de sua inserção prática no mundo.

Resposta:

A alternativa correta é E)

O texto apresentado aborda uma perspectiva da fenomenologia sobre o corpo e sua relação com a cultura, sugerindo que o corpo — incluindo o corpo doente — é um produto cultural, independentemente de sua inserção prática no mundo. No entanto, o gabarito indica que essa afirmação está incorreta (alternativa E).

Para compreender essa correção, é necessário analisar os fundamentos da fenomenologia, especialmente a partir de pensadores como Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty. A fenomenologia não reduz o corpo a um mero produto cultural, mas o entende como uma realidade vivida, um "corpo próprio" (Leib) que é tanto biológico quanto experiencial. O corpo, nessa perspectiva, não é apenas moldado pela cultura, mas é o meio pelo qual o sujeito se relaciona com o mundo, constituindo-se como uma estrutura fundamental da existência.

Merleau-Ponty, em particular, enfatiza que o corpo não é um objeto entre outros, mas a condição primordial para qualquer experiência. A doença, por exemplo, não é apenas uma construção cultural, mas uma modificação da própria capacidade de habitar o mundo. Dessa forma, afirmar que o corpo é "independente de sua inserção prática no mundo" vai contra a ideia central da fenomenologia, que justamente destaca a corporeidade como inseparável da experiência concreta.

Portanto, a afirmação inicial está equivocada ao sugerir que o corpo é puramente cultural e desvinculado de sua dimensão prática. A fenomenologia rejeita essa separação, defendendo que o corpo é sempre uma realidade encarnada, vivida e intrinsecamente ligada ao mundo. O gabarito E está correto porque a afirmação não corresponde ao pensamento fenomenológico.

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