Leia os versos da canção “Carcará”, de José Cândido e João do Vale.CarcaráCarcará Lá no Sertão É um bicho que “avoa” que nem avião É um pássaro malvado Tem o bico “volteado” que nem gavião Carcará Quando vê roça queimada Sai voando e cantando CarcaráVai fazer sua caçada Carcará Come “inté” cobra queimada Mas quando chega o tempo da invernada No Sertão não tem mais roça queimada Carcará mesmo assim num passa fome Os “burrego que nasce” na baixada Carcará Pega, mata e comeCarcará Num vai morrer de fome Carcará Mais coragem do que homem Carcará Pega, mata e come Carcará é malvado, é valentão É a águia de lá do meu Sertão Os “burrego novinho” num pode andar Ele puxa o “imbigo” “inté” matar CarcaráPega, mata e come Carcará Num vai morrer de fome Carcará Mais coragem do que homem Carcará Pega, mata e come (www.radio.uol.com.br)Considerando as relações tróficas encontradas no texto da canção, assinale a alternativa que apresenta a cor- reta correlação entre o trecho selecionado e a afirmação que o sucede.
Leia os versos da canção “Carcará”, de José Cândido e João do Vale.
Carcará
Carcará
Lá no Sertão
É um bicho que “avoa” que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico “volteado” que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando e cantando
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará
Come “inté” cobra queimada
Mas quando chega o tempo da invernada
No Sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os “burrego que nasce” na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que homem
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu Sertão
Os “burrego novinho” num pode andar
Ele puxa o “imbigo” “inté” matar
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que homem
Carcará
Pega, mata e come
(www.radio.uol.com.br)
Considerando as relações tróficas encontradas no texto da canção, assinale a alternativa que apresenta a cor- reta correlação entre o trecho selecionado e a afirmação que o sucede.
- A)“Carcará / Come ‘inté’ cobra queimada” e “Os ‘burrego que nasce’ na baixada / Carcará / Pega, mata e come”: as cobras e os borregos ocupam o mesmo nível trófico, uma vez que ambos são presas do carcará.
- B)“Ele puxa o ‘imbigo’ ‘inté’ matar”: os borregos são mamíferos e, portanto, ocupam o topo da cadeia alimentar.
- C)“No Sertão não tem mais roça queimada / Carcará mesmo assim num passa fome”: os carcarás são decompositores e ocupam o último nível trófico da cadeia alimentar.
- D)“Vai fazer sua caçada”: os carcarás são predadores e, portanto, consumidores primários no segundo nível trófico.
- E)“Carcará / Come ‘inté’ cobra queimada”: os carcarás são consumidores terciários e ocupam o quarto nível trófico.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O poema "Carcará", de José Cândido e João do Vale, retrata a figura impiedosa desse pássaro do Sertão, destacando sua natureza predatória e adaptabilidade. A análise das relações tróficas presentes na canção revela a posição do carcará na cadeia alimentar como um consumidor terciário, ocupando o quarto nível trófico.
A alternativa correta é a E), pois o trecho "Carcará / Come 'inté' cobra queimada" indica que o carcará se alimenta de cobras, que por sua vez são predadoras de outros animais. Isso posiciona o carcará em um nível trófico superior, caracterizando-o como um consumidor terciário. Sua capacidade de caçar borregos e cobras reforça seu papel como predador de topo em seu ecossistema.
As demais alternativas apresentam equívocos: a A) ignora que cobras e borregos podem ocupar níveis tróficos diferentes; a B) confunde a classificação dos mamíferos com sua posição na cadeia alimentar; a C) atribui erroneamente aos carcarás a função de decompositores; e a D) classifica incorretamente os carcarás como consumidores primários, quando na verdade são predadores de níveis superiores.
Assim, a canção "Carcará" não apenas retrata a crueldade e resistência dessa ave, mas também ilustra, poeticamente, sua posição ecológica como um importante predador do bioma sertanejo.
Deixe um comentário