Questões Sobre Sistema Imunológico - Biologia - concurso

A resposta imunológica inata é a primeira linha de defesa do organismo contra patógenos e não depende de exposições anteriores ou de mecanismos de memória imunológica. Ela é caracterizada por sua rapidez e generalidade, atuando contra uma ampla variedade de microrganismos.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a B), pois a resposta inata se baseia no reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) por meio de receptores de reconhecimento padrão (PRRs) presentes em células do sistema imunológico, como macrófagos e células dendríticas. Esse reconhecimento desencadeia uma série de respostas celulares e inflamatórias para combater a infecção.

As demais alternativas não descrevem corretamente a imunidade inata:

• A) A replicação do patógeno não é um fator determinante para a resposta inata.
• C) O contato prévio e produção de anticorpos são características da imunidade adquirida.
• D) Antibióticos são intervenções externas, não parte da resposta imunológica do organismo.
• E) A destruição por linfócitos T citotóxicos é um mecanismo da resposta adaptativa.

São exemplos de doenças passíveis de vacinação:

• A) doença de Chagas e amarelão.
• B) malária e conjuntivite.
• C) dengue e teníase.
• D) aids e catapora.
• E) febre amarela e gripe.

O gabarito correto é E).

Em um exame de necrópsia, a ausência do baço na cavidade abdominal de um corpo humano levanta questões sobre as consequências dessa condição no organismo. O baço é um órgão vital com múltiplas funções, incluindo a filtragem do sangue, a remoção de hemácias envelhecidas e a produção de anticorpos, desempenhando um papel fundamental no sistema imunológico.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Anemia severa: Embora o baço participe da destruição de hemácias velhas, sua ausência não causa anemia severa, pois outras estruturas, como o fígado, podem compensar parcialmente essa função.
• B) Cansaço excessivo após atividade física: Essa condição está mais relacionada a distúrbios cardiovasculares ou metabólicos, não sendo uma consequência direta da ausência do baço.
• C) Deficiência na digestão: O baço não está envolvido no processo digestivo, portanto, sua remoção não afeta essa função.
• D) Imunidade reduzida: Esta é a resposta correta. O baço é um órgão linfoide essencial para a resposta imune, e sua ausência deixa o organismo mais suscetível a infecções, especialmente as causadas por bactérias encapsuladas.
• E) Icterícia, devido à destruição das hemácias: Apesar de o baço participar da destruição de hemácias, sua remoção não leva necessariamente à icterícia, pois o fígado assume parte dessa função.

Portanto, a consequência mais significativa da ausência do baço é a imunidade reduzida, tornando o indivíduo mais vulnerável a infecções. O gabarito correto é, de fato, a alternativa D.

Acerca da resposta imunológica mediada por anticorpos, a alternativa correta é a C), que afirma: "A IgA é a principal imunoglobulina presente na saliva, no muco, no suor, no suco gástrico, nas lágrimas e no leite."

Esta afirmação está correta porque a imunoglobulina A (IgA) desempenha um papel crucial na defesa das superfícies mucosas, sendo a principal classe de anticorpo presente em secreções como saliva, lágrimas e leite materno. Ela atua como uma barreira imunológica, impedindo a adesão de patógenos às mucosas.

As demais alternativas estão incorretas:

• A) Está errada porque os primeiros anticorpos produzidos em uma resposta imune humoral são da classe IgM, não IgG.
• B) É incorreta pois a principal imunoglobulina no sangue e fluidos extracelulares é a IgG, não a IgA.
• D) Está errada porque a imunoglobulina que atravessa a placenta é a IgG, não a IgM.
• E) É falsa porque a IgE está associada a reações alérgicas e parasitárias, promovendo vasodilatação e inflamação, não vasoconstrição.

Na Austrália, um caso impressionante chamou a atenção do mundo: uma adolescente de 17 anos sobreviveu à picada da cobra Inland Taipan, considerada a mais venenosa do planeta. O incidente, divulgado no site da Folha de S.Paulo, demonstra não apenas a gravidade do encontro com animais peçonhentos, mas também a importância do tratamento adequado em situações como essa.

O caso da jovem australiana reforça a necessidade de conhecimento sobre os procedimentos corretos em acidentes ofídicos. Diante de uma picada de cobra peçonhenta, a vítima deve receber o soro terapêutico específico, que age promovendo uma imunização passiva artificial. Esse mecanismo consiste na introdução de anticorpos prontos no organismo, neutralizando o veneno rapidamente.

A alternativa correta para o tratamento, conforme o gabarito apresentado, é a letra B. O soro terapêutico difere fundamentalmente da vacina, pois não estimula o sistema imunológico a produzir seus próprios anticorpos (imunização ativa), mas sim fornece anticorpos prontos para combater o veneno (imunização passiva). Além disso, sendo um produto artificial, desenvolvido em laboratório a partir da inoculação do veneno em animais, configura-se como uma imunização passiva artificial.

Esse caso exemplar na Austrália serve como alerta sobre a importância do atendimento médico imediato e do uso correto do soro antiofídico, único tratamento eficaz contra os efeitos do veneno de cobras peçonhentas. A sobrevivência da adolescente mostra que, mesmo diante do animal mais venenoso do mundo, o conhecimento científico e a medicina adequada podem salvar vidas.

Na Austrália, um adolescente de 17 anos sobreviveu à picada da cobra Inland Taipan, considerada a mais venenosa do mundo. Esse caso, divulgado no site da Folha de S.Paulo, chama a atenção para a gravidade de acidentes com serpentes peçonhentas e a importância do tratamento adequado.

Em situações como essa, a vítima deve receber o soro terapêutico, que atua promovendo uma imunização passiva artificial. Esse procedimento consiste na administração de anticorpos prontos para neutralizar o veneno, diferentemente das vacinas que estimulam o organismo a produzir suas próprias defesas.

O caso do adolescente australiano demonstra a eficácia do tratamento com soro antiofídico quando aplicado corretamente. A Inland Taipan possui um veneno tão potente que poderia matar 100 humanos adultos com uma única dose, tornando a sobrevivência da vítima um verdadeiro milagre da medicina.

Esse episódio reforça a necessidade de:

• Capacitação de profissionais de saúde no tratamento de acidentes ofídicos
• Manutenção de estoques adequados de soros antiveneno
• Educação da população sobre medidas preventivas

A escolha correta para o tratamento, conforme indicado no gabarito, é a alternativa B) soro terapêutico para imunização passiva artificial, que representa a intervenção médica mais eficaz em casos de envenenamento por serpentes.

O sistema imunológico é essencial para proteger o organismo contra agentes infecciosos, dividindo-se em duas principais categorias: a imunidade inata e a imunidade adaptativa. Cada uma delas possui características distintas em termos de mecanismos, células e tecidos envolvidos.

A resposta imune inata é a primeira linha de defesa do organismo, sendo rápida e não específica. Ela inclui barreiras físicas (como a pele), químicas (como enzimas presentes na saliva e outras secreções) e células especializadas, como neutrófilos e macrófagos, que realizam fagocitose para eliminar patógenos. Essa resposta não possui memória imunológica, ou seja, não se adapta a infecções anteriores.

Por outro lado, a resposta imune adaptativa é mais específica e sofisticada, envolvendo a ativação de linfócitos B e T. Os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos, enquanto os linfócitos T auxiliam na coordenação da resposta imune ou atuam diretamente contra células infectadas. Além disso, esse tipo de imunidade possui memória, permitindo uma resposta mais eficaz em caso de reinfecção pelo mesmo patógeno.

Analisando as alternativas:

• A) Incorreta, pois a produção de anticorpos é característica da imunidade adaptativa, não da inata.
• B) Correta, pois neutrófilos e macrófagos fazem parte da resposta inata, enquanto a ativação de linfócitos B é um mecanismo da resposta adaptativa.
• C) Incorreta, pois a proteção física da pele é inata, mas "proteínas" é um termo muito genérico e não define especificamente a imunidade adaptativa.
• D) Incorreta, pois a memória imunológica é exclusiva da resposta adaptativa, e a ativação de linfócitos T também faz parte desse sistema.

Portanto, a alternativa B é a correta, pois relaciona adequadamente os componentes da imunidade inata (células fagocitárias) e adaptativa (linfócitos B).

A respeito de soros e vacinas, é importante compreender as diferenças entre esses dois recursos terapêuticos e preventivos. A afirmativa I está correta, pois os soros são de fato produzidos a partir da inoculação de antígenos em animais, como cavalos, que então produzem anticorpos específicos contra esses antígenos. Esses anticorpos são posteriormente purificados e utilizados para tratamento de intoxicações ou infecções.

Já a afirmativa II está incorreta, pois as vacinas não estimulam a produção de antígenos, mas sim a produção de anticorpos pelo próprio organismo. As vacinas contêm agentes patogênicos inativados ou atenuados, ou ainda partes deles, que induzem uma resposta imune sem causar a doença.

A afirmativa III também está incorreta porque os anticorpos não são os principais constituintes das vacinas. Como mencionado, as vacinas contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir seus próprios anticorpos, diferentemente dos soros que já contêm anticorpos prontos.

Portanto, apenas a afirmativa I está correta, tornando a alternativa A) a resposta certa. Essa distinção entre soros (terapia passiva com anticorpos prontos) e vacinas (imunização ativa que estimula a produção de anticorpos) é fundamental para entender os princípios da imunologia aplicada à medicina.

O processo de defesa do organismo contra invasores que penetram através de ferimentos na pele é um mecanismo complexo e eficiente, envolvendo diversas células e substâncias. Quando a barreira cutânea é rompida, os leucócitos atuam como principais agentes de neutralização desses patógenos. No entanto, para que essa ação seja eficaz, outras células e mediadores químicos desempenham papéis essenciais.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a E), pois os mastócitos são células especializadas que, ao detectar uma lesão ou invasão, liberam histamina. Essa substância provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, facilitando a saída de leucócitos do sangue para o tecido afetado, um processo conhecido como diapedese. Dessa forma, mais células de defesa chegam ao local da infecção, acelerando a resposta imunológica.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou confusas:

• A) - Os fibroblastos não produzem anticorpos; essa função é das células B do sistema imune.
• B) - Embora o edema possa ocorrer durante a inflamação, ele não é causado diretamente pelos fibroblastos.
• C) - A histamina é liberada por mastócitos, não por macrófagos.
• D) - A heparina tem função anticoagulante e não está diretamente relacionada ao combate de bactérias.

Portanto, a resposta correta é a alternativa E), que descreve com precisão o papel dos mastócitos e da histamina na resposta inflamatória.

A prevenção de doenças infecciosas durante o manuseio de evidências biológicas é um aspecto crucial para garantir a segurança dos profissionais envolvidos, especialmente peritos criminais e técnicos forenses. Diante disso, analisemos as alternativas apresentadas:

A alternativa A) está correta, pois destaca a importância da conscientização do perito sobre os riscos biológicos e a disponibilidade de vacinas. É essencial que o profissional seja informado previamente sobre os perigos potenciais e as medidas de imunização existentes, garantindo sua segurança e autonomia na tomada de decisões.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas:

• B) É incorreto afirmar que vacinas devem ser tomadas após o início das atividades, pois a imunização deve ocorrer preferencialmente antes da exposição aos riscos.
• C) A afirmação de que o perito não pode se recusar a receber vacinas é equivocada, pois a autonomia do indivíduo deve ser respeitada, mesmo em contextos profissionais.
• D) A vacina contra hepatite B não é administrada em dose única, mas sim em esquema de três doses.
• E) A vacinação contra H1N1 não segue um padrão fixo de duas doses anuais, podendo variar conforme orientações epidemiológicas.

Portanto, a alternativa A) é a única que apresenta uma afirmação correta e condizente com as boas práticas de biossegurança no manuseio de evidências biológicas.