Os anticorpos antiespermatozoides estão presentes em 9% a 13% dos casais inférteis. Quanto a esses anticorpos, assinale a alternativa incorreta.
13% dos casais inférteis. Quanto a esses anticorpos, assinale a
alternativa incorreta.
- A)A sua formação pode ser consequência de infecções do trato genital, trauma, vasectomia ou reparação de hérnia inguinal.
- B)As técnicas de fertilização in vitro não são indicadas para casais inférteis que apresentem positividade para esses anticorpos.
- C)A sua formação é consequência da quebra da barreira hematotesticular.
- D)O testículo é um órgão isolado pela barreira hematotesticular, que é formada pelas células de Sertoli unidas por junções ocludentes nas paredes basolaterais, impedindo o contato dos espermatozoides com o sistema imunológico, protegendo contra as reações imunológicas.
- E)A sua formação prejudica a capacidade de fertilização, afetando a motilidade dos espermatozoides, a penetração no muco cervical e a fusão dos gametas.
Resposta:
A alternativa correta é B)
O tema central deste ensaio é a presença de anticorpos antiespermatozoides em casais inférteis, abordando suas causas, consequências e a incorreção de uma afirmação específica sobre o tratamento por fertilização in vitro.
Os anticorpos antiespermatozoides são um fator relevante na infertilidade, estando presentes em 9% a 13% dos casais que enfrentam dificuldades para conceber. Esses anticorpos podem surgir devido a diversas condições, como infecções do trato genital, traumas, vasectomia ou reparação de hérnia inguinal, conforme mencionado na alternativa A. Além disso, sua formação está diretamente relacionada à ruptura da barreira hematotesticular (alternativa C), uma estrutura crucial que protege os espermatozoides do sistema imunológico.
A barreira hematotesticular, descrita na alternativa D, é composta pelas células de Sertoli, que formam junções ocludentes nas paredes basolaterais. Essa barreira isola os espermatozoides, evitando que sejam reconhecidos como corpos estranhos pelo sistema imunológico. Quando essa proteção é comprometida, os anticorpos antiespermatozoides podem se formar, prejudicando a fertilidade ao afetar a motilidade dos espermatozoides, a penetração no muco cervical e a fusão dos gametas, como destacado na alternativa E.
Contudo, a alternativa B afirma incorretamente que as técnicas de fertilização in vitro não são indicadas para casais com positividade para esses anticorpos. Na realidade, a fertilização in vitro é uma das opções terapêuticas mais eficazes nesses casos, pois permite contornar as barreiras imunológicas que impedem a fertilização natural. Portanto, a afirmação da alternativa B está equivocada, sendo este o gabarito correto da questão.
Em síntese, os anticorpos antiespermatozoides representam um desafio significativo para a fertilidade, mas seu manejo adequado, incluindo o uso de técnicas de reprodução assistida como a fertilização in vitro, pode oferecer soluções eficazes para os casais afetados.
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