Apesar dos avanços verificados no seu controle, a incidência de zoonoses permanece alta em todos os países em desenvolvimento. A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. Assinale a alternativa incorreta.
incidência de zoonoses permanece alta em todos
os países em desenvolvimento. A leishmaniose
tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa,
não contagiosa, causada por protozoários do gênero
Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele
e mucosas. Assinale a alternativa incorreta.
- A)O teste histopatológico não faz parte do rol de exames diagnósticos para a LTA pois nenhuma das formas do parasita pode ser encontrada em fragmentos de pele obtida pela biopsia
- B)A confirmação laboratorial da leishmaniose tegumentar é realizada por métodos parasitológicos, sendo este fundamental, tendo em vista o número de doenças que fazem diagnóstico diferencial com a LTA
- C)O teste imunológico de primeira escolha é o teste intradérmico (Intradermorreação de Montenegro), que se fundamenta na visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada
- D)O teste de imunofluorescência indireta não deve ser utilizado como critério isolado para diagnóstico de LTA
- E)A transmissão se dá pela picada de flebotomíneos infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa
Resposta:
A alternativa correta é A)
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) permanece um desafio significativo para a saúde pública em países em desenvolvimento, apesar dos esforços para seu controle. Essa zoonose, transmitida por flebotomíneos infectados, afeta principalmente a pele e mucosas, sendo causada por protozoários do gênero Leishmania. Apesar de não ser contagiosa, sua incidência elevada exige métodos diagnósticos precisos para um manejo adequado.
Entre as alternativas apresentadas, a incorreta é a A), que afirma que o teste histopatológico não faz parte dos exames diagnósticos para LTA, alegando que o parasita não pode ser encontrado em biópsias de pele. Essa informação é equivocada, pois formas amastigotas do parasita podem, sim, ser identificadas em exames histopatológicos, embora com limitações de sensibilidade. Os métodos parasitológicos, como citados na alternativa B), são essenciais para confirmação laboratorial, especialmente devido ao amplo diagnóstico diferencial da doença.
O teste intradérmico de Montenegro (alternativa C)) é, de fato, o exame imunológico de primeira escolha, baseado na resposta de hipersensibilidade tardia. Já a alternativa D) reforça um ponto importante: a imunofluorescência indireta não deve ser usada isoladamente para diagnóstico, devido à possibilidade de reações cruzadas. Por fim, a alternativa E) corretamente destaca que a transmissão ocorre exclusivamente pela picada do vetor, sem contágio inter-humano.
Portanto, a compreensão dos métodos diagnósticos e das características epidemiológicas da LTA é fundamental para seu controle, destacando-se a necessidade de combinar técnicas parasitológicas, histopatológicas e imunológicas para um diagnóstico preciso.
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