Durante uma visita domiciliar, a moradora relata ao ACS que há meses percebeu o aparecimento de uma ferida indolor na área genital, que desapareceu sem tratamento e que agora estava incomodada com manchas nas palmas das mãos e pés. O ACS faz perguntas sobre sua vida sexual e fica sabendo que seu marido é caminhoneiro. O ACS pensa em lues secundária e orienta a moradora a ir até a UBS para uma consulta com o ginecologista. Neste caso, o ACS
que há meses percebeu o aparecimento de uma ferida
indolor na área genital, que desapareceu sem tratamento e que agora estava incomodada com manchas nas
palmas das mãos e pés. O ACS faz perguntas sobre
sua vida sexual e fica sabendo que seu marido é caminhoneiro. O ACS pensa em lues secundária e orienta a
moradora a ir até a UBS para uma consulta com o ginecologista. Neste caso, o ACS
- A)não deveria ter feito perguntas sobre a vida íntima da moradora.
- B)deveria ter orientado a moradora a utilizar um creme nas manchas, até desaparecerem.
- C)agiu corretamente, pois associou os sintomas a infecção sexualmente transmissível (sífilis).
- D)errou ao orientar a moradora a ir até a UBS passar em consulta com o ginecologista.
- E)não agiu corretamente, pois deveria ter encaminhado a moradora para um dermatologista.
Resposta:
A alternativa correta é C)
O relato apresentado ilustra uma situação comum na rotina do Agente Comunitário de Saúde (ACS), onde a abordagem clínica e a sensibilidade na investigação dos sintomas são fundamentais para o encaminhamento adequado. A moradora descreve sintomas sugestivos de sífilis secundária – uma ferida genital indolor (cancro) que regrediu espontaneamente, seguida por manifestações cutâneas características (manchas em palmas das mãos e pés). A associação com o histórico de vida sexual (marido caminhoneiro, grupo com maior exposição a infecções sexualmente transmissíveis) reforça a hipótese diagnóstica.
A conduta do ACS foi adequada por:
- Investigar a vida sexual: Perguntar sobre práticas e riscos é essencial para diagnóstico de ISTs, descartando a alternativa A.
- Reconhecer os sintomas: A associação entre as lesões genitais e cutâneas exige avaliação médica, não sendo resolúvel com cremes (alternativa B incorreta).
- Encaminhar à UBS: O ginecologista é o profissional capacitado para investigar sífilis e outras ISTs, tornando a alternativa D equivocada. Embora um dermatologista (alternativa E) possa diagnosticar as manchas, a abordagem integral da IST requer acompanhamento ginecológico.
Portanto, a alternativa C está correta. O ACS demonstrou competência ao relacionar os achados clínicos com uma IST, garantindo acesso oportuno ao diagnóstico e tratamento, ações críticas para interromper a cadeia de transmissão da sífilis.
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