Ao longo da evolução, o parasitismo resultou em adaptações que tornaram o parasito cada vez mais dependente de seu hospedeiro. Uma importante adaptação morfológica dos parasitos é a

O parasitismo é um fenômeno biológico marcado por uma relação assimétrica, na qual o parasita se beneficia à custa do hospedeiro. Ao longo da evolução, essa interação levou a adaptações morfológicas e fisiológicas que aumentaram a eficiência dos parasitas em explorar seus hospedeiros, reduzindo, muitas vezes, sua própria autonomia. Entre essas adaptações, destaca-se a hipertrofia de órgãos de fixação, uma característica essencial para garantir a permanência e sobrevivência do parasita no corpo do hospedeiro.

A alternativa correta, B) hipertrofia de órgãos de fixação, reflete uma das principais estratégias evolutivas dos parasitas. Estruturas como ventosas, ganchos ou garras permitem que eles se fixem firmemente aos tecidos do hospedeiro, evitando serem expulsos ou removidos. Essa especialização morfológica é crucial para parasitas que vivem em ambientes dinâmicos, como o trato intestinal ou a corrente sanguínea, onde a fixação garante acesso contínuo a nutrientes e proteção contra mecanismos de defesa do hospedeiro.

As demais alternativas apresentam características menos associadas à evolução parasitária. A baixa capacidade reprodutiva (A) é incompatível com a estratégia de muitos parasitas, que dependem de alta prolificidade para garantir a transmissão. A hipertrofia do sistema digestório (C) é rara, já que muitos parasitas absorvem nutrientes diretamente do hospedeiro, reduzindo ou até perdendo seu trato digestivo. A alta resistência fora do hospedeiro (D) é mais comum em formas de dispersão, como ovos ou cistos, mas não é uma adaptação morfológica típica. Por fim, a hipertrofia de órgãos locomotores (E) é desnecessária, pois muitos parasitas são sedentários dentro do hospedeiro.

Portanto, a hipertrofia de órgãos de fixação representa uma adaptação fundamental para o sucesso dos parasitas, consolidando sua dependência do hospedeiro e maximizando sua eficiência na exploração de recursos. Essa especialização ilustra como a evolução moldou organismos para ocuparem nichos específicos, muitas vezes à custa da perda de outras funções biológicas.