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Um dos principais problemas associados à estimativa filogenética usando caracteres moleculares é o acúmulo de substituições múltiplas. No caso de sequências de DNA só existem quatro estados de caracteres possíveis A, T, C e G. Portanto, em uma mesma posição de um gene duas sequências podem apresentar a mesma base, não devido à ancestralidade comum (homologia), mas sim por “coincidência” (homoplasia) já que houveram substituições múltiplas em uma mesma posição, devido a alta taxa de substituição. As substituições múltiplas levam a uma subestimativa da distância genética, ou seja, do real número de mudanças que ocorreu na sequência estudada. O principal a meio de corrigir as estimativas de distância genética é:

Um dos principais problemas associados à estimativa
filogenética usando caracteres moleculares é o acúmulo de
substituições múltiplas. No caso de sequências de DNA só
existem quatro estados de caracteres possíveis A, T, C e G.
Portanto, em uma mesma posição de um gene duas
sequências podem apresentar a mesma base, não devido à
ancestralidade comum (homologia), mas sim por
“coincidência” (homoplasia) já que houveram substituições
múltiplas em uma mesma posição, devido a alta taxa de
substituição. As substituições múltiplas levam a uma subestimativa
da distância genética, ou seja, do real número de
mudanças que ocorreu na sequência estudada. O principal a
meio de corrigir as estimativas de distância genética é:

Resposta:

A alternativa correta é C)

Um dos desafios centrais na estimativa filogenética com caracteres moleculares é o fenômeno das substituições múltiplas, que distorce a interpretação das relações evolutivas. Como o DNA possui apenas quatro bases nitrogenadas (A, T, C e G), é possível que duas sequências compartilhem o mesmo nucleotídeo em uma posição específica não por herança ancestral (homologia), mas por eventos independentes de mutação (homoplasia). Esse efeito, decorrente de altas taxas de substituição, mascara o número real de mudanças ocorridas ao longo do tempo, subestimando a distância genética entre os táxons analisados.

Dentre as alternativas apresentadas para corrigir essa distorção, a utilização de modelos de evolução molecular adequados (alternativa C) se destaca como a abordagem mais eficaz. Esses modelos incorporam parâmetros probabilísticos que consideram as diferentes taxas de substituição entre bases, a frequência relativa dos nucleotídeos e a possibilidade de reversões ou convergências. Ao quantificar matematicamente esses processos, eles permitem estimar distâncias genéticas mais precisas, compensando estatisticamente as substituições múltiplas não observadas.

Embora outros métodos tenham suas aplicações – como a parcimônia (A) para dados com pouca homoplasia ou a combinação de abordagens (B) para aumentar o rigor – são os modelos evolutivos que diretamente abordam o cerne do problema das substituições ocultas. Já as alternativas D (valores de suporte) e E (tempos de divergência), apesar de relevantes para análises filogenéticas, não oferecem mecanismos para corrigir especificamente esse viés. Portanto, a seleção de modelos moleculares robustos, calibrados para o conjunto de dados em questão, constitui a ferramenta essencial para superar as limitações impostas pela saturação de mutações.

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