Questões Sobre Evolução humana - Biologia - concurso

O estudo da origem da vida e da evolução humana é um campo fascinante que busca desvendar os mistérios de nossa existência. A afirmação apresentada sugere que, na Terra primitiva, compostos como metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água presentes na atmosfera se combinaram para formar as primeiras moléculas orgânicas, que mais tarde deram origem às grandes moléculas celulares.

Essa ideia está alinhada com a hipótese de Oparin-Haldane, que propõe que as condições da Terra primitiva favoreceram reações químicas capazes de sintetizar moléculas orgânicas a partir de substâncias inorgânicas simples. Experimentos como o de Miller-Urey, realizado em 1953, demonstraram que, sob condições simuladas da atmosfera primitiva, era possível produzir aminoácidos e outros compostos orgânicos essenciais para a vida.

Portanto, a afirmação está correta, pois há evidências científicas que sustentam a formação de moléculas orgânicas a partir de compostos inorgânicos na atmosfera da Terra primitiva. Esse processo foi um passo fundamental para o surgimento das primeiras formas de vida, marcando o início da complexa jornada evolutiva que culminou na diversidade biológica que conhecemos hoje.

O estudo da evolução humana e da origem da vida é um campo fascinante que revela as adaptações que moldaram nossa espécie ao longo de milhões de anos. Um dos aspectos mais marcantes dessa trajetória é o desenvolvimento do bipedalismo, uma característica fundamental que distingue a linhagem humana de outros primatas.

Os fósseis relacionados à evolução humana apresentam modificações esqueléticas claras, como alterações na coluna vertebral, na estrutura da bacia, no posicionamento do crânio e na formação dos membros e pés. Essas adaptações estão diretamente associadas à locomoção bípede, permitindo maior eficiência no deslocamento e liberando as mãos para outras funções, o que foi crucial para o desenvolvimento de ferramentas e da cultura humana.

Essas características são exclusivas da linhagem humana e não são encontradas em outros primatas ou mamíferos. A presença desses traços em fósseis de hominídeos, como os do gênero Australopithecus e Homo, confirma sua relação direta com o homem moderno, reforçando a ideia de um ancestral comum e de um processo evolutivo contínuo.

Portanto, a afirmação de que os fósseis da linhagem humana possuem características esqueléticas associadas ao bipedalismo, exclusivas dessa linhagem e presentes apenas nesses registros e no homem moderno, está correta. Essas evidências são fundamentais para compreendermos nossa história evolutiva e o que nos torna únicos como espécie.

Entre todos os animais, o Homo sapiens é a única espécie capaz de criar e transformar o conhecimento e é a única capaz de desenvolver um sistema complexo de símbolos, como a linguagem, que permite a transmissão desse aprendizado ao longo das gerações. Essa capacidade exclusivamente humana fundamenta a ciência como uma construção coletiva e histórica, moldada pelo intelecto e pela colaboração social.

A ciência não é apenas um conjunto de descobertas isoladas, mas um processo dinâmico e acumulativo, no qual cada geração se apoia no conhecimento produzido pelas anteriores. Dessa forma, a alternativa E) "Uma construção humana" é a que melhor sintetiza a essência da ciência, pois destaca seu caráter profundamente ligado à capacidade humana de raciocinar, questionar e inovar.

Embora as outras opções apresentem aspectos relevantes — como a importância da ciência para a sociedade (A), seu progresso contínuo (B), sua natureza geracional (C) e sua relevância para a espécie humana (D) —, apenas a alternativa E) captura a ideia central de que a ciência é, em sua raiz, um produto da inteligência e da criatividade humanas, fruto de nossa habilidade única de interpretar e transformar o mundo.

O crânio de Luzia, encontrado nos escombros do Museu Nacional após o incêndio de 2018, representa um dos achados arqueológicos mais importantes do Brasil. Com uma idade estimada entre 12.500 e 13.000 anos, esse fóssil é considerado o mais antigo já descoberto nas Américas e desempenhou um papel crucial na revisão das teorias sobre o povoamento do continente.

Analisando as alternativas apresentadas, a única que se alinha corretamente com os dados científicos é a letra C) a ocupação de Homo sapiens nas Américas. Isso porque Luzia pertence à espécie Homo sapiens, sendo um dos primeiros registros humanos no continente. Sua descoberta na década de 1970 em Minas Gerais contribuiu para derrubar a hipótese de que o povoamento das Américas teria ocorrido apenas por grupos de origem asiática, como os ancestrais dos povos indígenas atuais. Em vez disso, suas características cranianas sugerem uma possível ligação com populações africanas ou australo-melanésias, indicando rotas migratórias mais complexas.

As demais alternativas estão incorretas por motivos distintos: Homo erectus e Homo neanderthalensis nunca habitaram as Américas, enquanto os Australopithecus (rudolfensis e afarensis) são ancestrais muito mais antigos e restritos à África. Portanto, Luzia é um marco fundamental para entender a chegada e dispersão dos primeiros seres humanos modernos no Novo Mundo.

O estudo da evolução humana revela que o Homo sapiens compartilha um ancestral comum com os macacos da superfamília Hominoidea, grupo que inclui espécies como chimpanzés, gorilas e orangotangos. Esses primatas, classificados como antropoides, apresentam semelhanças significativas com os humanos em aspectos anatômicos, fisiológicos e genéticos, mas também exibem diferenças marcantes que refletem adaptações distintas ao longo de milhões de anos.

Uma das principais diferenças entre os humanos e os outros hominoideos está no volume da caixa craniana. Enquanto o H. sapiens desenvolveu um cérebro proporcionalmente maior, associado a capacidades cognitivas avançadas, os demais primatas dessa superfamília possuem crânios menores, como indica a alternativa A. Essa característica está diretamente relacionada à complexidade do comportamento humano, incluindo linguagem, uso de ferramentas e organização social.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre as diferenças anatômicas. Os hominoideos não humanos possuem membros superiores mais longos que os inferiores (B), uma adaptação para a locomoção arbórea. Seus ossos e massa corporal geralmente são menores que os dos humanos (C), e seus dedos dos pés são mais longos e flexíveis (D), facilitando a vida nas árvores. Quanto à mandíbula (E), ela costuma ser mais proeminente e robusta nesses primatas, não menor como sugerido.

Essas distinções anatômicas refletem diferentes pressões evolutivas: enquanto os humanos se adaptaram ao bipedalismo e à vida em ambientes abertos, os outros hominoideos mantiveram características mais adequadas à vida arbórea. O estudo comparativo dessas diferenças ajuda a compreender não apenas nossa história evolutiva, mas também as particularidades biológicas que nos tornam únicos como espécie.

A evolução humana é um processo complexo e fascinante, marcado pelo surgimento de diversas espécies de hominídeos que antecederam o Homo sapiens. Para compreender a ordem cronológica dessas espécies, é essencial analisar os registros fósseis e as evidências arqueológicas disponíveis. O texto apresenta cinco espécies: Homo habilis, Australopithecus afarensis, Homo erectus, Australopithecus ramidus e Paranthropus robustus, solicitando a sequência correta de seu surgimento, da mais antiga para a mais recente.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a B) IV, II, V, I, III. Essa ordem reflete o consenso científico atual sobre a linha do tempo evolutiva. O Australopithecus ramidus (IV) é uma das espécies mais antigas, datando de aproximadamente 4,4 milhões de anos atrás. Em seguida, o Australopithecus afarensis (II), conhecido pelo famoso fóssil "Lucy", surgiu por volta de 3,9 a 2,9 milhões de anos atrás. O Paranthropus robustus (V) aparece posteriormente, coexistindo com outros hominídeos entre 2 e 1,2 milhões de anos atrás.

O Homo habilis (I), considerado um dos primeiros membros do gênero Homo, viveu entre 2,4 e 1,4 milhões de anos atrás, marcando a transição para características mais próximas dos humanos modernos. Por fim, o Homo erectus (III), uma espécie crucial na evolução humana, surgiu há cerca de 1,9 milhão de anos e foi a primeira a migrar para fora da África, demonstrando adaptações significativas, como o uso de ferramentas mais avançadas e o controle do fogo.

Portanto, a sequência IV, II, V, I, III representa corretamente a progressão evolutiva dessas espécies, ilustrando como os hominídeos se desenvolveram ao longo de milhões de anos até o surgimento do Homo sapiens.

A origem da espécie humana é um dos temas mais fascinantes e debatidos no estudo da evolução. A ciência comprova que os seres humanos compartilham um parentesco próximo com primatas como chimpanzés, gorilas e orangotangos, indicando um ancestral comum. Pesquisas recentes, baseadas na análise de fragmentos de ossos e rochas, revelam que nossos ancestrais já habitavam o norte da África há milhares de anos.

Esses estudos não apenas traçam a linha evolutiva, mas também classificam os seres humanos e seus parentes próximos dentro de uma mesma família biológica. Entre as opções apresentadas, a denominação correta para essa classificação é hominídeos, que inclui não apenas o gênero Homo, ao qual pertencemos, mas também outros grandes primatas extintos e atuais.

Portanto, a resposta correta para a questão é a alternativa D) hominídeos, confirmando a relação evolutiva que nos une a essas espécies.

A representação de seres humanos convivendo com dinossauros em obras de ficção é uma licença artística que diverte, mas não encontra respaldo na realidade científica. A alternativa correta é a letra C, pois os dinossauros não-aviários foram extintos no final do período Cretáceo, aproximadamente 65 milhões de anos atrás, enquanto os primeiros membros do gênero Homo surgiram apenas no Plioceno, cerca de 2 a 3 milhões de anos atrás. Essa lacuna temporal de dezenas de milhões de anos inviabiliza qualquer possibilidade de coexistência direta entre essas espécies.

As demais alternativas apresentam equívocos cronológicos e biológicos significativos. A extinção dos dinossauros não ocorreu durante uma Era Glacial (alternativa A), nem no Jurássico (alternativa D), mas sim no final do Cretáceo. Também não há evidências de que os humanos tenham contribuído para a extinção dos dinossauros (alternativa B), já que nossa espécie surgiu muito tempo depois desse evento cataclísmico. Portanto, a ficção pode brincar com essas ideias, mas a ciência demonstra claramente a impossibilidade histórica dessa convivência.

A descoberta de Homo naledi na África do Sul em 2015 trouxe novas perspectivas sobre a evolução humana. A análise dos ossos encontrados na caverna sugere que essa espécie compartilha características com outros hominídeos, incluindo o Homo sapiens, indicando um ancestral comum. Isso reforça a ideia de que a diversidade do gênero Homo é resultado de ramificações evolutivas a partir de um mesmo grupo ancestral.

Entre as alternativas apresentadas, a opção D) é a mais coerente com as evidências científicas, pois destaca que tanto o Homo sapiens quanto o Homo naledi desenvolveram características derivadas de um ancestral comum. Essa conclusão está alinhada com os princípios da evolução, que explicam a diversificação das espécies a partir de modificações graduais ao longo do tempo.

As demais alternativas apresentam equívocos ou informações não comprovadas. Por exemplo, a afirmação de que o Homo sapiens surgiu na Europa (alternativa A) é incorreta, já que as evidências apontam para a África como seu local de origem. Já a alternativa B) ignora que a postura bípede surgiu antes mesmo do gênero Homo, em hominídeos mais antigos, como os australopitecos. A coexistência direta entre Homo sapiens e Homo naledi (alternativa C) ainda é tema de debate, enquanto a alternativa E) desconsidera que os hominídeos, incluindo o Homo naledi, são mais próximos evolutivamente dos humanos modernos do que dos macacos.

O tempo geológico é uma escala que organiza a história da Terra em diferentes divisões, como eras, períodos e épocas, cada uma marcada por eventos biológicos e geológicos significativos. Esses eventos deixaram registros nas rochas e nos fósseis, permitindo aos cientistas reconstruir a evolução do planeta e da vida.

Em relação à afirmação de que, quando a espécie humana atual surgiu, a América do Norte estava fisicamente ligada à Europa, o gabarito correto é E) ERRADO. Isso porque o surgimento do Homo sapiens ocorreu há aproximadamente 300 mil anos, durante o Pleistoceno, período em que os continentes já haviam assumido suas posições atuais, separados por oceanos. A última conexão terrestre significativa entre a América do Norte e a Europa ocorreu muito antes, durante a era Mesozoica, quando o supercontinente Pangeia ainda existia.

Portanto, a afirmação está incorreta, pois não havia ligação física entre esses continentes no momento do surgimento da humanidade. A compreensão dessas escalas de tempo e eventos geológicos é essencial para contextualizar a evolução da vida e a formação do planeta como o conhecemos hoje.