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O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre Jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos. CALDEIRA, J . A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela

O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre Jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J . A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela

Resposta:

A alternativa correta é E)

O texto apresentado aborda a complexa relação entre colonizadores, indígenas e jesuítas durante os séculos XVI a XVIII no Brasil colonial. A questão central gira em torno da mediação cultural estabelecida pelos jesuítas em seu processo de catequização dos povos nativos.

Conforme destacado no excerto de Caldeira, os jesuítas se colocavam como defensores da liberdade indígena em oposição aos interesses econômicos dos colonos. No entanto, para efetivar seu projeto missionário, precisaram desenvolver estratégias de aproximação cultural com as populações nativas.

Entre as alternativas apresentadas, a E) comunicação pela língua geral baseada no tupi se mostra como a resposta mais adequada. Os jesuítas adotaram uma abordagem pragmática ao utilizar a língua tupi como base para a chamada "língua geral", que se tornou instrumento fundamental para a catequese. Essa estratégia linguística permitiu:

  • Facilitar a comunicação entre missionários e indígenas
  • Criar um canal direto para a transmissão dos preceitos católicos
  • Estabelecer pontes culturais entre os dois mundos
  • Produzir material catequético na língua compreendida pelos nativos

As demais alternativas não refletem com tanta precisão a mediação cultural realizada pelos jesuítas. Embora tenham havido tentativas de organização das comunidades indígenas em aldeamentos, os aspectos fundamentais da cultura nativa (como organização familiar, lideranças religiosas e moradias coletivas) foram mais suprimidos do que preservados no processo de aculturação.

Portanto, a língua emergiu como o principal elemento de mediação neste encontro cultural, tornando-se instrumento tanto de dominação quanto de comunicação entre colonizadores e indígenas durante o período colonial brasileiro.

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