Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Até uma data recente – e é esta ainda a visão de numerosos historiadores – os séculos XIV e XV sofreram de uma desagradável reputação. Para qualificá-los, as expressões ‘acotovelam-se umas às outras’: estagnação, recessão, série de crises… O grande historiador que foi Jan Huizinga encontra, para designar esta época, uma belíssima fórmula, com outras cambiantes: a de ‘Outono da Idade Média’ …De tal modo que acabei por me interrogar se esse Outono não seria na realidade uma Primavera… (WOLFF, P. Outono da Idade Média ou Primavera dos Novos Tempos? Lisboa: Edições 70, 1988.) Assinale a alternativa que apresenta essa perspectiva que entende os séculos XIV e XV como um momento de crise e de retomada, simultaneamente.

Até uma data recente – e é esta ainda a visão de numerosos historiadores – os séculos XIV e XV sofreram de
uma desagradável reputação. Para qualificá-los, as expressões ‘acotovelam-se umas às outras’: estagnação,
recessão, série de crises… O grande historiador que foi Jan Huizinga encontra, para designar esta época, uma
belíssima fórmula, com outras cambiantes: a de ‘Outono da Idade Média’ …De tal modo que acabei por me
interrogar se esse Outono não seria na realidade uma Primavera…

(WOLFF, P. Outono da Idade Média ou Primavera dos Novos Tempos? Lisboa: Edições 70, 1988.)

Assinale a alternativa que apresenta essa perspectiva que entende os séculos XIV e XV como um momento de
crise e de retomada, simultaneamente.

Resposta:

A alternativa correta é B)

O texto apresentado aborda a visão tradicional dos séculos XIV e XV como períodos de crise e estagnação, contrastando com a perspectiva de que esses séculos podem também ser interpretados como um momento de renovação e transição. A citação de Philippe Wolff questiona se o chamado "Outono da Idade Média" não seria, na verdade, uma "Primavera dos Novos Tempos", sugerindo que, mesmo em meio às adversidades, havia sinais de transformação e progresso.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra B, que apresenta uma análise equilibrada do período. Ela reconhece a crise demográfica causada por epidemias, como a Peste Negra, que levou ao abandono de terras cultiváveis, mas também destaca o aperfeiçoamento tecnológico nas formas de produção e a concentração em cultivos mais rentáveis. Essa dualidade entre crise e avanço reflete justamente a ideia de que os séculos XIV e XV foram marcados tanto por dificuldades quanto por inovações que pavimentaram o caminho para a modernidade.

As outras alternativas, embora contenham elementos históricos relevantes, não capturam essa dualidade de forma tão clara. A letra A, por exemplo, menciona o Estatuto dos Trabalhadores e a implantação do capitalismo, mas não explora a relação entre crise e renovação. A letra C aborda a centralização monárquica e o Renascimento, mas não enfatiza os aspectos econômicos e demográficos. Já a letra D foca nos conflitos feudais e no papel do papado, sem destacar os avanços que coexistiram com essas crises.

Portanto, a alternativa B é a que melhor representa a perspectiva de que os séculos XIV e XV foram um período de crise e retomada simultâneas, alinhando-se com a interpretação proposta no texto de Wolff.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *