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“Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá pensar que o país foi o cenário da ‘única revolta de escravos bem- sucedida da História’. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da França e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos. Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.” SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004. Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:

“Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá pensar que o país foi o cenário da ‘única revolta de escravos bem- sucedida da História’. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da França e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos. Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.”

SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004.

Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:



Resposta:

A alternativa correta é C)

O texto apresentado aborda a Revolução Haitiana como um marco único na história das revoltas de escravos, destacando sua relevância no contexto da Revolução Francesa e dos processos de emancipação nas colônias americanas. A análise das alternativas permite concluir que a opção C) é a mais adequada, pois estabelece uma relação direta entre a luta política da burguesia francesa e seus reflexos nas colônias ibéricas na América.

A Revolução Francesa, ao propagar ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, teve um impacto que ultrapassou as fronteiras europeias. No caso do Haiti, esses ideais ecoaram entre a população escravizada, culminando em uma revolta bem-sucedida contra o domínio colonial francês. Esse evento singular demonstra como os ventos revolucionários da França influenciaram movimentos de emancipação em outras partes do mundo.

As demais alternativas apresentam imprecisões históricas. A alternativa A) ignora a influência dos ideais revolucionários em outras colônias além do Peru. A B) simplifica excessivamente as diferenças entre os processos de independência nas colônias espanholas e portuguesas. A D) incorre em um anacronismo ao associar diretamente a Independência do Brasil com a Proclamação da República e a Abolição. Por fim, a E) exagera ao afirmar que todas as colônias espanholas se tornaram independentes na década de 1820 devido à influência haitiana.

Portanto, a alternativa C) é a que melhor sintetiza a complexa relação entre a Revolução Francesa, a luta política da burguesia e os processos de emancipação nas colônias americanas, reconhecendo a influência transatlântica dos ideais revolucionários sem cometer generalizações históricas.

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