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A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.O típico burguês do século XVIII se identificava com a lógica do trabalhador produtivo: mantinha, como categoria social (médicos, professores, altos funcionários régios, comerciantes), proximidades com os pobres que exerciam ofícios mecânicos (artesãos, lavradores etc.), promovendo uma lenta integração da plebe contra os costumes da aristocracia.

A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. 

Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.

O típico burguês do século XVIII se identificava com a lógica
do trabalhador produtivo: mantinha, como categoria social
(médicos, professores, altos funcionários régios, comerciantes),
proximidades com os pobres que exerciam ofícios mecânicos
(artesãos, lavradores etc.), promovendo uma lenta integração
da plebe contra os costumes da aristocracia.

Resposta:

A alternativa correta é E)

O fragmento de texto de Lynn Hunt destaca que a cultura política revolucionária não pode ser reduzida a uma simples expressão de interesses sociais ou econômicos, mas sim como um esforço consciente para romper com o passado e reconstruir a sociedade. Diante disso, a afirmação sobre o "típico burguês do século XVIII" apresenta uma visão equivocada da dinâmica social da época.

A burguesia do século XVIII, composta por médicos, professores, altos funcionários e comerciantes, não se identificava com a lógica do trabalhador produtivo nem mantinha proximidade com os pobres que exerciam ofícios mecânicos. Pelo contrário, a burguesia buscava distinção social e ascensão econômica, muitas vezes aspirando a valores e privilégios associados à aristocracia, em vez de promover uma integração com as camadas mais baixas da sociedade.

Além disso, a ideia de uma "lenta integração da plebe contra os costumes da aristocracia" não corresponde à realidade histórica. As tensões sociais eram marcadas por conflitos de interesses, e a burguesia, embora crítica ao absolutismo e aos privilégios aristocráticos, não necessariamente se alinhava com as demandas das classes trabalhadoras. Portanto, a afirmação está errada (E), pois não reflete a complexidade das relações sociais e econômicas do período.

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