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Em novembro desse ano de 2009 a “queda” do muro de Berlim completa vinte anos. Durante décadas o muro representou, de maneira explícita, a realidade da Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial. A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Sobre esse período o historiador Eric Hobsbawm, na sua renomada obra A era dos extremos, afirma que “os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial (…). A URSS controlava uma parte do globo (…). Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Na Europa, linhas de demarcação foram traçadas (…). Havia indefinições, sobretudo acerca da Alemanha e da Áustria, as quais foram solucionadas pela divisão da Alemanha segundo as linhas das forças de ocupação orientais e ocidentais e a retirada de todos os ex-beligerantes da Áustria”. É possível afirmar que, na Europa, com o fim da Segunda Guerra Mundial,

Em novembro desse ano de 2009 a “queda” do muro de Berlim completa vinte anos. Durante décadas o muro representou, de maneira explícita, a realidade da Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial. A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Sobre esse período o historiador Eric Hobsbawm, na sua renomada obra A era dos extremos, afirma que “os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial (…). A URSS controlava uma parte do globo (…). Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Na Europa, linhas de demarcação foram traçadas (…). Havia indefinições, sobretudo acerca da Alemanha e da Áustria, as quais foram solucionadas pela divisão da Alemanha segundo as linhas das forças de ocupação orientais e ocidentais e a retirada de todos os ex-beligerantes da Áustria”.

É possível afirmar que, na Europa, com o fim da Segunda Guerra Mundial,

Resposta:

A alternativa correta é B)

Em novembro de 2009, completaram-se vinte anos da queda do Muro de Berlim, um marco histórico que simbolizou o fim da Guerra Fria. Durante décadas, o muro foi a representação concreta da divisão ideológica e geopolítica que caracterizou o período pós-Segunda Guerra Mundial. Conforme destacado pelo historiador Eric Hobsbawm em A Era dos Extremos, o mundo foi dividido em esferas de influência entre as duas superpotências da época: os Estados Unidos e a União Soviética.

Após o término da Segunda Guerra, a Europa tornou-se o principal palco dessa disputa, com fronteiras sendo redefinidas de acordo com os interesses das potências vencedoras. A Alemanha, em particular, foi dividida em zonas de ocupação, consolidando-se posteriormente em dois Estados distintos: a Alemanha Ocidental, alinhada ao bloco capitalista, e a Alemanha Oriental, sob influência soviética. Essa divisão não levou em conta as particularidades nacionais ou culturais, mas sim a lógica da Guerra Fria, em que cada bloco buscava expandir sua área de domínio.

Dentre as alternativas apresentadas, a correta é a B), pois reflete a realidade histórica de que soviéticos e americanos redesenharam fronteiras e zonas de influência na Europa sem considerar as especificidades locais. Essa imposição de blocos de poder sobre nações soberanas foi uma das marcas do período, evidenciando a natureza geopolítica da Guerra Fria, em que interesses estratégicos prevaleciam sobre a autodeterminação dos povos.

Assim, a queda do Muro de Berlim em 1989 não representou apenas o fim de uma barreira física, mas também o colapso de uma ordem mundial baseada na divisão rígida entre Oriente e Ocidente. Esse evento marcou o início de uma nova era, na qual as antigas fronteiras ideológicas deram lugar a um mundo mais interconectado, ainda que permeado por novos desafios e tensões.

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