As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser analisadas como parte integrante do processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Desta forma, implicaram conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas relacionadas à nova ordem econômica. Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados.

As reformas religiosas do século XVI foram um fenômeno profundamente ligado às transformações econômicas e sociais que marcavam a passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa. Nesse contexto, surgiram tensões entre os valores tradicionais da Igreja Católica e as novas demandas de uma sociedade em transição, especialmente no que diz respeito às práticas econômicas emergentes.

Entre as alternativas apresentadas, a prática da usura (alternativa E) representa um dos conflitos mais emblemáticos entre a doutrina religiosa medieval e os interesses da nascente burguesia capitalista. A Igreja Católica, baseada em princípios tomistas e na teologia agostiniana, condenava o empréstimo de dinheiro a juros, considerando-o imoral. No entanto, com o crescimento do comércio e das atividades financeiras, a proibição da usura tornou-se um obstáculo para o desenvolvimento econômico.

As reformas protestantes, em especial o calvinismo, reinterpretaram essa questão, flexibilizando a condenação à usura e adaptando a moral religiosa às necessidades do capitalismo nascente. Dessa forma, a alternativa E é a que melhor exemplifica os conflitos entre a antiga ordem feudal e as novas práticas econômicas que caracterizaram esse período de transformação.