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  Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela presença de um número ra-zoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que por motivações variadas — glorificação familiar ou in-dividual, desejo de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem quantidades considerá-veis de recursos eventualmente destinados à produção artís-tica. Além disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores propriamente ditos: um público não homo-gêneo, certamente (…).(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados

  Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela presença de um número ra-zoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que por motivações variadas — glorificação familiar ou in-dividual, desejo de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem quantidades considerá-veis de recursos eventualmente destinados à produção artís-tica. Além disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores propriamente ditos: um público não homo-gêneo, certamente (…).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)

Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados

Resposta:

A alternativa correta é B)

O conceito de "centros artísticos" apresentado por Carlo Ginzburg refere-se a locais onde há uma convergência entre artistas, consumidores de arte e recursos destinados à produção cultural. Esses espaços são marcados não apenas pela criação artística, mas também por instituições que fomentam, educam e divulgam os artistas, além de atrair um público diversificado que vai além dos compradores diretos. Analisando as opções apresentadas, a alternativa que melhor se encaixa nessa definição é a B) nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural.

Durante o Renascimento, cidades como Florença, Veneza e Roma tornaram-se polos artísticos vibrantes, reunindo mecenas, artistas e um público amplo interessado na nova produção cultural. A arte renascentista foi impulsionada por uma elite urbana que investia em obras não apenas por devoção religiosa, mas também por prestígio social e político. Além disso, essas cidades possuíam academias, oficinas e um mercado de arte em expansão, características essenciais para um centro artístico conforme descrito no texto.

As demais alternativas, embora representem contextos históricos com produção artística relevante, não abrangem plenamente a complexidade dos centros artísticos definidos por Ginzburg. Mosteiros medievais, castelos senhoriais e cidades-estados gregas tinham uma produção mais restrita a finalidades específicas (religiosas, políticas ou regionais), enquanto o Renascimento nas cidades modernas consolidou um modelo mais dinâmico e abrangente de circulação artística.

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