A nova rota oceânica para as especiarias orientais, por todo o restante do século XVI e também em parte do século XVII, foi menos utilizada que o prolongamento do velho comércio de especiarias por outros meios; por isso, até então, ela não havia ainda substituído a rota terrestre, nem os árabes e italianos que dela dependiam. Mas essa rota naval, bem como as outras no Atlântico e por toda parte, formavam a base daquilo que viria a ser determinante nos vários séculos seguintes: a supremacia naval, tanto do ponto de vista militar quanto comercial. (FRANK, 1977, p. 69-70)A análise do texto permite afirmar que a existência de rotas marítimas, terrestres e a utilização das rotas comerciais pelos muçulmanos indicam que
por todo o restante do século XVI e também em
parte do século XVII, foi menos utilizada que o
prolongamento do velho comércio de especiarias
por outros meios; por isso, até então, ela não havia
ainda substituído a rota terrestre, nem os árabes
e italianos que dela dependiam. Mas essa rota
naval, bem como as outras no Atlântico e por toda
parte, formavam a base daquilo que viria a ser
determinante nos vários séculos seguintes: a
supremacia naval, tanto do ponto de vista militar
quanto comercial. (FRANK, 1977, p. 69-70)
marítimas, terrestres e a utilização das rotas comerciais pelos
muçulmanos indicam que
- A)os árabes buscavam imitar os padrões culturais e comercias do Mundo Ocidental, em função da inexistência de vida urbana em sua civilização e por concentrar as atividades na exploração de minérios.
- B)a cultura agropastoril, característica básica do mundo arábico, impedia que esse povo desenvolvesse transações comerciais com outras civilizações.
- C)o renascimento cultural, ao defender e consolidar o ateísmo, contribuiu para a decadência da religião islâmica e para a perda de sua influência no Oriente.
- D)o controle de pontos comerciais estratégicos, entre o Ocidente e o Oriente pelos muçulmanos, favoreceu a busca de rotas alternativas que substituíssem essa hegemonia.
- E)o comércio das especiarias colocou o Ocidente na dependência do mundo árabe, tornando-se responsável pelo movimento cruzadístico, que polarizou o mercado internacional entre muçulmanos e cristãos.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O texto apresentado aborda a dinâmica das rotas comerciais durante os séculos XVI e XVII, destacando a coexistência entre as rotas terrestres tradicionais, dominadas por árabes e italianos, e as novas rotas oceânicas estabelecidas pelas potências europeias. Apesar da rota marítima não ter substituído imediatamente a terrestre, ela representou um marco na transição para a supremacia naval europeia, tanto militar quanto comercial. Essa transformação foi fundamental para os séculos seguintes, consolidando o poderio marítimo como elemento central da expansão e do domínio econômico.
A análise do texto permite compreender que os muçulmanos desempenharam um papel crucial no comércio entre Oriente e Ocidente, controlando pontos estratégicos que garantiam sua hegemonia. No entanto, essa dominação incentivou as potências europeias a buscarem rotas alternativas, como a rota oceânica para as especiarias, a fim de romper com a dependência do intermediário árabe. Essa busca por autonomia comercial foi um dos fatores que impulsionaram as Grandes Navegações e a posterior ascensão europeia.
Dentre as alternativas apresentadas, a opção D) é a que melhor sintetiza essa relação, pois evidencia que o controle muçulmano sobre as rotas terrestres motivou a exploração de novos caminhos marítimos. As outras alternativas incorrem em equívocos históricos, como a suposta imitação dos padrões ocidentais pelos árabes (A), a limitação da cultura agropastoril (B), a associação equivocada entre Renascimento e ateísmo (C) ou a simplificação do comércio como causa direta das Cruzadas (E). Portanto, a resposta correta é, de fato, a alternativa D).
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