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Rumo ao abismo econômico  Por que a economia capitalista não funcionou entre as guerras? A situação nos EUA é parte essencial de qualquer resposta a essa pergunta. Pois, se era possível responsabilizar, ao menos parcialmente, as perturbações da Europa na guerra e no pós-guerra, ou pelo menos nos países beligerantes da Europa, pelos problemas econômicos ali ocorridos, os EUA tinham estado muito distantes do conflito, embora por um curto e decisivo período tivessem se envolvido nele. Assim, longe de perturbar sua economia, a Primeira Guerra Mundial, como a Segunda, beneficiou-os espetacularmente. Em 1913, os EUA já se haviam tornado a maior economia do mundo, arcando com mais de um terço da produção industrial mundial. Além disso, a guerra não apenas reforçou sua posição como maior produtor do mundo, como os transformou no maior credor do mundo. Em suma, não há explicação para a crise econômica mundial sem os EUA. Isso não pretende subestimar as raízes exclusivamente européias do problema, em grande parte, de origem política. Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 101-2 (com adaptações).Assinale a opção correta com relação às idéias do texto.

Rumo ao abismo econômico

 

Por que a economia capitalista não funcionou entre as
guerras? A situação nos EUA é parte essencial de qualquer resposta a essa pergunta. Pois, se era possível responsabilizar, ao menos parcialmente, as perturbações da Europa na guerra e no pós-guerra, ou pelo menos nos países beligerantes da Europa, pelos problemas econômicos ali ocorridos, os EUA tinham estado muito distantes do conflito, embora por um curto e decisivo período tivessem se envolvido nele. Assim, longe de perturbar sua economia, a Primeira Guerra Mundial, como a Segunda, beneficiou-os espetacularmente. Em 1913, os EUA já se haviam tornado a maior economia do mundo, arcando com mais de um terço da produção industrial mundial.
Além disso, a guerra não apenas reforçou sua posição
como maior produtor do mundo, como os transformou no maior credor do mundo. Em suma, não há explicação para a crise econômica mundial sem os EUA. 
Isso não pretende subestimar as raízes exclusivamente
européias do problema, em grande parte, de origem política. 
Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 101-2 (com adaptações).
Assinale a opção correta com relação às idéias do texto.

Resposta:

A alternativa correta é B)

O texto apresentado, extraído da obra Era dos Extremos: O Breve Século XX de Eric Hobsbawm, discute as contradições da economia capitalista no período entre as duas guerras mundiais, com ênfase no papel central dos Estados Unidos. A análise de Hobsbawm destaca que, embora os EUA tenham se beneficiado economicamente da Primeira Guerra Mundial, tornando-se a maior potência industrial e credora do mundo, isso não impediu a eclosão de uma crise econômica global.

O autor argumenta que a crise mundial não pode ser compreendida sem considerar a posição dos EUA, já que sua economia era fundamental para a dinâmica capitalista da época. No entanto, ele também ressalta que fatores políticos exclusivamente europeiros contribuíram para o problema. A opção correta, conforme o gabarito, é a alternativa B), que identifica o clímax dessa crise com a Grande Depressão do início dos anos 1930.

A Grande Depressão foi um marco histórico que expôs as fragilidades do sistema capitalista, abalando economias em todo o mundo. Enquanto as outras alternativas apresentam informações incorretas ou distorcidas—como a ideia de que os EUA sofreram menos por serem a maior economia (alternativa D)) ou que a Conferência de Versalhes impôs reparações mínimas à Alemanha (alternativa C))—, a alternativa B) corretamente sintetiza o núcleo da crise mencionada no texto.

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