A colonização portuguesa e espanhola do século XVI havia se limitado à América. Com raras exceções, as terras africanas e asiáticas não foram ocupadas. Ali, os europeus limitaram-se ao comércio, principalmente o de especiarias e de escravos. Por isso, no século XIX, havia grandes extensões de terras desconhecidas nos dois continentes, que Portugal e Espanha não tinham condições de explorar. Começou então uma nova corrida colonial envolvendo outras potências europeias, sobretudo as que haviam passado por uma transformação industrial, como Inglaterra, Bélgica, França, Alemanha e Itália. É nesse contexto que tem inicio o Imperialismo, que se caracterizou:
A colonização portuguesa e espanhola do século XVI havia se limitado à América. Com raras exceções, as terras africanas e asiáticas não foram ocupadas. Ali, os europeus limitaram-se ao comércio, principalmente o de especiarias e de escravos. Por isso, no século XIX, havia grandes extensões de terras desconhecidas nos dois continentes, que Portugal e Espanha não tinham condições de explorar. Começou então uma nova corrida colonial envolvendo outras potências europeias, sobretudo as que haviam passado por uma transformação industrial, como Inglaterra, Bélgica, França, Alemanha e Itália. É nesse contexto que tem inicio o Imperialismo, que se caracterizou:
- A)Pela busca incessante por metais preciosos e mercados abastecedores de produtos tropicais e consumidores de manufaturas europeias;
- B)Pela urgência de desenvolver novos mercados produtores de manufaturados nas áreas periféricas da África;
- C)Pela divisão entre o capital bancário e o capital industrial formando o capital financeiro;
- D)Pelo acirramento das tensões entre as principais potências industrializadas da época, situação que seria determinante para eclosão da II Guerra Mundial;
- E)Por uma alteração na economia capitalista, em que a empresa individual tende a ser substituída pelas sociedades anônimas que administram conglomerados transnacionais ou multinacionais.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O Imperialismo do século XIX representou uma fase distinta da expansão colonial europeia, marcada por transformações profundas na estrutura econômica e política das potências industriais. Enquanto a colonização portuguesa e espanhola nos séculos anteriores concentrou-se na exploração de metais preciosos e na ocupação territorial na América, o Imperialismo surgiu em um contexto de industrialização acelerada e necessidade de novos mercados para sustentar o crescimento capitalista.
A alternativa correta, E, aponta para uma das características centrais desse período: a reconfiguração do capitalismo, com a ascensão das sociedades anônimas e conglomerados transnacionais. Essa mudança refletia a complexidade da economia industrial, que demandava grandes investimentos e uma escala de produção global. As empresas individuais, típicas do capitalismo comercial, deram lugar a estruturas corporativas mais complexas, capazes de operar em múltiplos continentes.
Embora as outras alternativas apresentem elementos relevantes do Imperialismo, como a busca por mercados consumidores (A) ou tensões entre potências (D), a opção E captura a essência da transformação econômica que sustentou todo o processo. A formação de grandes corporações multinacionais não apenas facilitou a exploração colonial, mas também estabeleceu as bases do capitalismo moderno, com sua integração global de mercados e produção.
Portanto, o Imperialismo não pode ser compreendido apenas como uma continuação da colonização anterior, mas sim como um fenômeno novo, intimamente ligado à Segunda Revolução Industrial e à consolidação do capitalismo financeiro e corporativo que moldaria o século XX.
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