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    Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (…) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer.(Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11)A partir do fragmento, é correto afirmar que

    Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (…) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer.

(Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

Resposta:

A alternativa correta é A)

O fragmento apresentado, extraído da obra de Albert Sarrault, reflete a mentalidade imperialista e colonialista que predominou na Europa durante a segunda metade do século XIX. Essa visão justificava a colonização como uma missão civilizadora, na qual as potências europeias, consideradas superiores, assumiam o papel de administrar e explorar as riquezas de territórios considerados "fracos" ou "atrasados". Essa ideologia estava diretamente ligada à expansão do capitalismo industrial e à necessidade de controle de matérias-primas e mercados consumidores.

A alternativa A) é a correta, pois sintetiza com precisão o contexto histórico da partilha afro-asiática no século XIX, liderada principalmente por Inglaterra e França. Esse processo foi impulsionado pela Revolução Industrial, que demandava recursos naturais e novos mercados, além de ser acompanhado por uma retórica de superioridade racial e cultural, usada para legitimar a dominação colonial. A colonização era apresentada como um "dever" civilizatório, conforme expresso no texto de Sarrault.

As demais alternativas apresentam imprecisões históricas. A alternativa B) refere-se ao imperialismo do século XVI, que tinha características distintas, ligadas ao mercantilismo e à expansão marítima, não ao capitalismo industrial. A alternativa C) menciona o "novo imperialismo" do século XIX, mas erroneamente o associa ao capitalismo comercial, quando na verdade estava vinculado ao capitalismo industrial. A alternativa D) desloca o colonialismo para o século XVI, atribuindo protagonismo à Alemanha e França, o que é anacrônico, já que essas nações só se consolidaram como potências coloniais no século XIX. Por fim, a alternativa E) menciona o século XVII, período em que o colonialismo ainda estava associado ao comércio de especiarias e ao tráfico de escravizados, não à industrialização.

Portanto, a alternativa A) é a que melhor se alinha com o conteúdo do fragmento e com o contexto histórico do imperialismo europeu do século XIX, marcado pela justificativa da colonização como missão civilizadora e pela busca de controle econômico e político sobre a África e a Ásia.

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