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A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante. SAID, E. Cultura e im perialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado). O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma

A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor;
o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não
são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e
continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos
o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não;
elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.

SAID, E. Cultura e im perialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).

O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências
europeias para dominação de regiões na África e na Ásia,
a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações
imperialistas, concebendo-as como parte de uma

Resposta:

A alternativa correta é C)

O texto apresentado reflete a retórica imperialista europeia do século XIX, especialmente a britânica, que buscava legitimar a dominação sobre territórios na África e Ásia. Os argumentos expostos revelam uma visão de superioridade civilizatória, na qual a Inglaterra se colocava como detentora de avanços industriais, tecnológicos, militares e morais que justificavam sua expansão imperial.

Essa narrativa, conforme analisado por Edward Said em "Cultura e Imperialismo", sustentava a ideia de que as potências europeias tinham o dever e o direito de governar outros povos, considerados inferiores. A justificativa para essa dominação ia além de interesses econômicos ou religiosos - embora esses também estivessem presentes - e se baseava principalmente no conceito de uma missão civilizatória.

A alternativa correta é a C) missão civilizatória, pois esse conceito encapsula perfeitamente a ideologia descrita no texto: a crença de que a Europa tinha a obrigação moral e cultural de "civilizar" outros povos, impondo seus valores, instituições e modo de vida como superiores. Essa visão foi um dos principais pilares discursivos do imperialismo do século XIX, diferenciando-se claramente de motivações puramente religiosas (como cruzadas ou catequese) ou comerciais.

O chamado "fardo do homem branco", expressão cunhada por Rudyard Kipling, exemplifica bem essa mentalidade que, sob a aparência de benevolência, escondia relações de dominação e exploração. A missão civilizatória servia assim como justificativa ideológica para o projeto imperialista europeu.

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