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Analise a citação a seguir. “[…] Após o segundo round de guerra mundial, a revolução mundial e sua consequência, a descolonização global, aparentemente não havia mais futuro no velho programa de alcançar prosperidade enquanto produtores primários para o mercado mundial dos países imperialistas […].” HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p 342. Eric Hobsbawm, em sua análise, indicou dois tipos de países surgidos com a descolonização: os mais ambiciosos e os menos bem-sucedidos. Os mais ambiciosos conseguiram maior independência nacional no mercado mundial, entre outras razões, porque

Analise a citação a seguir.
“[…] Após o segundo round de guerra mundial, a revolução
mundial e sua consequência, a descolonização global,
aparentemente não havia mais futuro no velho programa
de alcançar prosperidade enquanto produtores primários
para o mercado mundial dos países imperialistas […].”
HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos. O breve século XX,
1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p 342.
Eric Hobsbawm, em sua análise, indicou dois tipos
de países surgidos com a descolonização: os mais
ambiciosos e os menos bem-sucedidos.
Os mais ambiciosos conseguiram maior independência
nacional no mercado mundial, entre outras razões,
porque

Resposta:

A alternativa correta é B)

A citação de Eric Hobsbawm em "Era dos Extremos" aborda as transformações econômicas e políticas no cenário global após a Segunda Guerra Mundial, destacando o impacto da descolonização. O autor aponta que os países recém-independentes enfrentaram o desafio de superar a dependência histórica da exportação de produtos primários para as potências imperialistas. Nesse contexto, Hobsbawm distingue duas categorias de nações: as mais ambiciosas, que buscaram maior autonomia econômica, e as menos bem-sucedidas, que mantiveram modelos tradicionais de subordinação ao mercado internacional.

A alternativa correta (B) reflete a estratégia adotada pelos países mais ambiciosos, que implementaram políticas de industrialização sistemática e substituição de importações, além de fortalecer o controle sobre seus recursos naturais. Essa abordagem permitiu que nações como o México reduzissem sua vulnerabilidade externa e construíssem bases para um desenvolvimento econômico mais autônomo. Ao contrário de manterem-se como meros exportadores de commodities, esses países investiram na diversificação produtiva e no fortalecimento de sua capacidade industrial, criando condições para uma inserção mais soberana na economia mundial.

As demais alternativas apresentam modelos que não correspondem ao caminho bem-sucedido descrito por Hobsbawm. A opção (A) menciona a participação do setor privado sob vigilância do judiciário, o que não era o foco principal dos países mais ambiciosos. Já a alternativa (C) descreve um planejamento estatal rígido e desconectado da realidade local, característica que não condiz com os casos de sucesso. Por fim, a opção (D) propõe a manutenção do modelo primário-exportador, justamente o paradigma que os países mais progressistas buscaram superar.

Portanto, a análise de Hobsbawm revela que o êxito dos países pós-coloniais esteve vinculado à capacidade de romper com a dependência do modelo primário-exportador através de políticas industriais ativas e controle soberano sobre os recursos nacionais - estratégia que permitiu a algumas nações alcançarem maior independência no cenário econômico internacional.

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