Os chamados governos populistas, existentes no Brasil entre o fim da ditadura varguista e o início do regime militar, caracterizam-se como:
Os chamados governos populistas, existentes
no Brasil entre o fim da ditadura varguista e o
início do regime militar, caracterizam-se como:
- A)Governos sustentados por largo apoio popular e identificados com as reivindicações de organizações populares e de partidos da esquerda socialista.
- B)Modernizadores da infraestrutura do país, elevado à condição de autossuficiência na produção industrial.
- C)Governos democráticos, promotores de profundas reformas de caráter socialista, o que gerou a reação militar que culminou no golpe de 1964.
- D)Defensores de uma ideologia nacional-desenvolvimentista propagandeada por líderes políticos cuja imagem é apresentada como detentora de forte carisma.
- E)Promotores do desenvolvimento nacional, pautado unicamente no financiamento da burguesia brasileira e de indústrias de bens de consumo no país.
Resposta:
A alternativa correta é D)
Os governos populistas no Brasil, que marcaram o período entre o fim da ditadura varguista e o início do regime militar em 1964, são frequentemente associados a características específicas que os diferenciam de outras formas de governo. A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra D, que descreve esses governos como defensores de uma ideologia nacional-desenvolvimentista, liderados por figuras carismáticas que buscavam consolidar um projeto de desenvolvimento econômico com apelo popular.
O nacional-desenvolvimentismo foi uma das marcas desse período, com políticas voltadas para a industrialização e a modernização do país, muitas vezes acompanhadas de um discurso que valorizava a soberania nacional e o progresso. Líderes como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart souberam utilizar sua imagem carismática para conquistar o apoio das massas, mesclando medidas econômicas desenvolvimentistas com concessões a demandas populares.
Embora houvesse um certo alinhamento com reivindicações de setores populares, como sugere a alternativa A, o populismo não era necessariamente sinônimo de um governo de esquerda socialista. Da mesma forma, apesar do avanço na infraestrutura e na industrialização (alternativa B), o Brasil ainda estava longe da autossuficiência industrial. A alternativa C também não corresponde à realidade, pois não houve reformas socialistas profundas que justificassem o golpe de 1964 — a reação militar foi mais motivada por temores de radicalização e pela pressão de setores conservadores. Por fim, a alternativa E simplifica excessivamente o modelo econômico da época, que não se limitava ao financiamento da burguesia industrial.
Portanto, a resposta mais adequada é a D, pois captura a essência do populismo brasileiro desse período: uma combinação de projeto desenvolvimentista, liderança carismática e apelo às massas, sem necessariamente romper com as estruturas econômicas e sociais vigentes.
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