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Assim, se é verdade que de 1946 a 1964 houve regularmente eleições para presidente, deputados, senadores e governadores, é preciso reconhecer que sempre foi com grande dificuldade que os perdedores aceitavam a derrota, sobretudo nas disputas para a Presidência. As pregações em favor de golpes, anulações de resultados eleitorais e ameaças de impedir a posse dos eleitos, quer por meio das armas, quer por meio de expedientes jurídicos, foram frequentes. A democracia esteve o tempo todo sob risco. (Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História do Brasil no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003) Um exemplo de ameaça de impedir a posse de um presidente ocorreu em

Assim, se é verdade que de 1946 a 1964 houve regularmente
eleições para presidente, deputados, senadores e governadores,
é preciso reconhecer que sempre foi com grande dificuldade
que os perdedores aceitavam a derrota, sobretudo nas
disputas para a Presidência. As pregações em favor de golpes,
anulações de resultados eleitorais e ameaças de impedir a
posse dos eleitos, quer por meio das armas, quer por meio de
expedientes jurídicos, foram frequentes. A democracia esteve
o tempo todo sob risco.

(Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História do Brasil no
contexto da história ocidental
. São Paulo: Atual, 2003)

Um exemplo de ameaça de impedir a posse de um presidente
ocorreu em

Resposta:

A alternativa correta é D)

O trecho apresentado aborda um período crucial da história política brasileira, entre 1946 e 1964, marcado por instabilidade democrática e constantes ameaças ao processo eleitoral. Como destacam Koshiba e Pereira, mesmo com a realização regular de eleições, a aceitação dos resultados pelos perdedores sempre foi problemática, especialmente nas disputas presidenciais.

O exemplo mais emblemático dessa fragilidade democrática ocorreu em 1961, quando setores conservadores da sociedade e das Forças Armadas tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros. Essa crise política, que ficou conhecida como "Campanha da Legalidade", exemplifica perfeitamente as tensões descritas no texto, onde a alternância de poder era frequentemente contestada.

Os outros eventos mencionados nas alternativas, embora relevantes, não representam com tanta clareza o fenômeno de resistência à posse de um presidente eleito democraticamente. A opção D) destaca justamente o momento em que a democracia brasileira esteve mais explicitamente sob risco, exigindo até mesmo a adoção do parlamentarismo como solução de compromisso para garantir a posse de Goulart.

Esse episódio histórico demonstra como a cultura política brasileira do período estava marcada por profunda desconfiança nos mecanismos democráticos, antecipando em muitos aspectos o golpe militar que viria em 1964.

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