No começo dos anos 1970, grupos multinacionais e grandes empresas brasileiras – com sede na Região Sudeste – investiram na pecuária extensiva, na região do Tocantins-Araguaia. Ao chegarem à região, essas empresas encontraram pequenas roças nas mãos de posseiros e passaram a expulsá-los das terras. Aproveitando-se desse fato, o PC do B (Partido Comunista do Brasil)
No começo dos anos 1970, grupos multinacionais e grandes empresas brasileiras – com sede na Região Sudeste – investiram na pecuária extensiva, na região do Tocantins-Araguaia. Ao chegarem à região, essas empresas encontraram pequenas roças nas mãos de posseiros e passaram a expulsá-los das terras.
Aproveitando-se desse fato, o PC do B (Partido Comunista do Brasil)
- A)adquiriu uma extensa quantidade de terras para assentamento de pequenos agricultores e desenvolvimento de uma produção comunitária.
- B)estimulou a organização dos camponeses em sindicatos rurais, que denunciaram a grilagem e a concentração de terras.
- C)montou na região uma base de treinamentos destinada a ensinar técnicas de guerrilha a seus militantes e a preparar a luta armada contra o regime militar.
- D)infiltrou militantes em unidades do exército brasileiro situadas na região e cooptou jovens militares para combater a ditadura.
Resposta:
A alternativa correta é C)
No começo dos anos 1970, a região do Tocantins-Araguaia tornou-se palco de um conflito marcante entre grandes interesses econômicos e a resistência política organizada. Com a chegada de multinacionais e empresas brasileiras sediadas no Sudeste, a pecuária extensiva se expandiu, levando à expulsão de posseiros e pequenos agricultores que ali viviam. Esse cenário de disputa por terras e violência contra camponeses criou as condições para a atuação do PC do B (Partido Comunista do Brasil), que via na região uma oportunidade estratégica para seu projeto revolucionário.
Dentre as alternativas apresentadas, a correta é a C), que indica que o PC do B montou na região uma base de treinamentos para ensinar técnicas de guerrilha a seus militantes, preparando a luta armada contra o regime militar. Essa iniciativa fazia parte da estratégia do partido de estabelecer um foco revolucionário no campo, inspirado em modelos como a Revolução Cubana, acreditando que a guerrilha rural poderia desestabilizar o governo ditatorial e mobilizar as massas camponesas.
Embora outras alternativas mencionem ações plausíveis – como a organização de sindicatos rurais ou a infiltração em quartéis –, a resposta C) é a que melhor reflete a atuação concreta do PC do B na região. A Guerrilha do Araguaia (1972-1974) tornou-se um dos episódios mais significativos da resistência armada à ditadura, mesmo que, no final, tenha sido brutalmente reprimida pelas forças do regime.
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