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Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara conta dos franceses nos anos que precederam a revolução, como testemunham Chateaubriand e o próprio Franklin, que escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é comum dizer que nossa causa é a do gênero humano”. Além do mais, essa república fora fundada por colonos com quem a França tecera contra a Inglaterra uma aliança vitoriosa: os que tinham se engajado na aventura eram conhecidos por ter sofrido […] de “inoculação americana”. OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de 1791. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 175-176 (Adaptado). A historiografia é consensual em afirmar que o movimento revolucionário francês e os ideais iluministas foram de grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na América. Menos estudada é a influência que os norte-americanos exerceram sobre os revolucionários franceses. Essa influência pode ser explicada, para além dos fatores mencionados na citação de Mona Ozouf,

Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara conta dos franceses nos
anos que precederam a revolução, como testemunham Chateaubriand e o
próprio Franklin, que escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é comum dizer que nossa causa é a do gênero humano”. Além do mais,
essa república fora fundada por colonos com quem a França tecera contra a
Inglaterra uma aliança vitoriosa: os que tinham se engajado na aventura eram
conhecidos por ter sofrido […] de “inoculação americana”.
OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de 1791. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009. p. 175-176 (Adaptado).

A historiografia é consensual em afirmar que o movimento revolucionário francês e os
ideais iluministas foram de grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na
América. Menos estudada é a influência que os norte-americanos exerceram sobre os
revolucionários franceses. Essa influência pode ser explicada, para além dos fatores
mencionados na citação de Mona Ozouf,

Resposta:

A alternativa correta é B)

O texto apresentado destaca a admiração dos franceses pelos Estados Unidos no período pré-Revolução Francesa, conforme atestado por Mona Ozouf em sua obra. Essa influência norte-americana sobre os revolucionários franceses vai além dos aspectos mencionados, como a aliança franco-americana contra a Inglaterra e o ideal de liberdade associado à causa americana. Entre as alternativas apresentadas, a que melhor explica essa influência é a letra B, que aponta para o forte apelo simbólico do exemplo norte-americano de emancipação colonial, visto como um modelo de luta contra a opressão.

A Revolução Americana (1776) serviu como um farol para os revolucionários franceses, demonstrando que era possível derrubar um regime considerado opressor e estabelecer um novo sistema político baseado em ideais de liberdade e autogoverno. O sucesso da independência das Treze Colônias inspirou os franceses a questionarem seu próprio regime absolutista, alimentando o desejo por mudanças radicais. Esse aspecto simbólico foi fundamental para mobilizar as massas e justificar a luta revolucionária na França.

As demais alternativas não se sustentam como explicações plausíveis para essa influência. A tradição liberal dos colonos (A) não era tão forte a ponto de rejeitar toda forma de exploração do trabalho, já que a escravidão persistiu nos EUA após a independência. O desprezo pela religião (C) também não corresponde à realidade, pois muitos líderes americanos eram religiosos. Por fim, a doutrina fisiocrata (D) não era um elemento central da influência americana, já que os EUA não defendiam privilégios senhoriais.

Portanto, o exemplo norte-americano funcionou como um catalisador para a Revolução Francesa, oferecendo um modelo concreto de ruptura com o antigo regime e reforçando os ideais iluministas que já circulavam na Europa. Essa relação histórica entre os dois movimentos revolucionários destaca o caráter transatlântico das transformações políticas do final do século XVIII.

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