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Com a formação dos Estados nacionais europeus, surgiu em vários países um sistema de governo centralizado denominado de “monarquia absoluta”. Sobre o caráter desse sistema de governo, diz o historiador Perry Anderson:“(…) De fato a monarquia absoluta no ocidente foi, portanto, sempre duplamente limitada: pela persistência de corpos políticos tradicionais colocados abaixo dela e pela presença de uma lei moral situada acima. Por outras palavras, a dominação do Absolutismo exerceu-se, no fim das contas, necessariamente nos limites da classe cujos interesses ele preservava.”ANDERSON , Perry. “Classes e Estados – problemas de periodização.” In: HESPANHA, António Manuel. Poder e instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, p. 133. Considerando o texto, assinale a alternativa CORRETA.

Com a formação dos Estados nacionais europeus, surgiu em vários países um sistema de governo centralizado
denominado de “monarquia absoluta”. Sobre o caráter desse sistema de governo, diz o historiador
Perry Anderson:

“(…) De fato a monarquia absoluta no ocidente foi, portanto, sempre duplamente limitada: pela persistência
de corpos políticos tradicionais colocados abaixo dela e pela presença de uma lei moral situada acima.
Por outras palavras, a dominação do Absolutismo exerceu-se, no fim das contas, necessariamente
nos limites da classe cujos interesses ele preservava.”

ANDERSON , Perry. “Classes e Estados – problemas de periodização.” In: HESPANHA, António Manuel. Poder e instituições na
Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, p. 133.

Considerando o texto, assinale a alternativa CORRETA.

Resposta:

A alternativa correta é C)

O trecho de Perry Anderson sobre a monarquia absoluta na Europa revela um sistema de governo mais complexo do que a simples noção de poder ilimitado do monarca. Segundo o historiador, o absolutismo operava dentro de limites impostos por estruturas políticas tradicionais e por uma ordem moral superior, demonstrando que o poder real não era absoluto no sentido estrito. A alternativa correta (C) capta essa nuance ao afirmar que o poder do rei era exercido com restrições, mediado pela influência da aristocracia – que mantinha privilégios políticos – e pela Igreja, que fornecia as bases éticas do regime.

As demais opções falham em representar essa dinâmica: a alternativa (A) ignora a hierarquia do poder absolutista; a (B) superestima o papel da burguesia no período; a (D) contradiz o declínio do poder papal durante a formação dos Estados nacionais; e a (E) projeta anacronicamente o constitucionalismo moderno sobre o Antigo Regime. A análise de Anderson destaca justamente o equilíbrio precário entre centralização monárquica e os interesses da nobreza, classe que o absolutismo paradoxalmente servia ao mesmo tempo que tentava controlar.

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