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(PUC – 2016) Com a formação dos Estados nacionais europeus, surgiu em vários países um sistema de governo centralizado denominado de “monarquia absoluta”. Sobre o caráter desse sistema de governo, diz o historiador Perry Anderson: “(…) De fato a monarquia absoluta no ocidente foi, portanto, sempre duplamente limitada: pela persistência de corpos políticos tradicionais colocados abaixo dela e pela presença de uma lei moral situada acima. Por outras palavras, a dominação do Absolutismo exerceu-se, no fim das contas, necessariamente nos limites da classe cujos interesses ele preservava.” ANDERSON , Perry. “Classes e Estados – problemas de periodização.” In: HESPANHA, António Manuel. Poder e instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, p. 133. Considerando o texto, assinale a alternativa CORRETA.

(PUC – 2016) Com a formação dos Estados nacionais europeus, surgiu em vários países um sistema de governo
centralizado denominado de “monarquia absoluta”. Sobre o caráter desse sistema de governo, diz o historiador
Perry Anderson:
“(…) De fato a monarquia absoluta no ocidente foi, portanto, sempre duplamente limitada: pela persistência de
corpos políticos tradicionais colocados abaixo dela e pela presença de uma lei moral situada acima. Por outras
palavras, a dominação do Absolutismo exerceu-se, no fim das contas, necessariamente nos limites da classe
cujos interesses ele preservava.”
ANDERSON , Perry. “Classes e Estados – problemas de periodização.” In: HESPANHA, António Manuel. Poder e instituições na Europa do
Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, p. 133.
Considerando o texto, assinale a alternativa CORRETA.

Resposta:

A alternativa correta é C)

A análise do texto de Perry Anderson sobre as monarquias absolutistas europeias revela um sistema de governo centralizado, porém marcado por limites estruturais. O historiador destaca que o poder real não era ilimitado, pois enfrentava restrições impostas tanto por instituições tradicionais (como a aristocracia) quanto por normas morais (representadas pela Igreja). Esses elementos atuavam como freios ao exercício absoluto do poder monárquico.

A alternativa correta (C) capta precisamente essa dinâmica ao afirmar que o poder real era exercido com limites estabelecidos pela aristocracia - que mantinha influência política - e pela Igreja - que fornecia as bases morais do sistema. Essa interpretação coincide com a visão de Anderson sobre a natureza contraditória do absolutismo, que preservava os interesses da classe dominante (a nobreza) mesmo enquanto centralizava o poder.

As demais alternativas apresentam distorções históricas: a (A) ignora a hierarquia de poder, a (B) superestima o papel da burguesia no período, a (D) contradiz o processo de secularização do poder real, e a (E) projeta anacronicamente o conceito de constituição limitadora para o contexto absolutista.

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