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Tudo muda. De novo começar podes, com o último alento. O que acontece, porém, fica acontecido: E a água que pões no vinho, não podes mais separar. (…) Porém, tudo muda: com o último alento podes de novo recomeçar. (Bertold Brecht) É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se costuma dar o nome de descolonização. (Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985) A partir dos textos, é correto afirmar que

Tudo muda.
De novo começar podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido:
E a água que pões no vinho, não podes mais separar.
(…)
Porém, tudo muda: com o último alento podes
de novo recomeçar.
(Bertold Brecht)
É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos
impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento
de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se
costuma dar o nome de descolonização.
(Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985)
A partir dos textos, é correto afirmar que

Resposta:

A alternativa correta é A)

A análise dos textos apresentados, em diálogo com o poema de Bertold Brecht e o trecho de Letícia Bicalho Canêdo, permite compreender a complexidade do processo de descolonização na Ásia e na África. A metáfora da água e do vinho, utilizada por Brecht, ilustra a impossibilidade de separação entre colonização e descolonização, reforçando a ideia de que o passado colonial permanece presente mesmo após a independência formal.

A alternativa correta (A) capta essa nuance ao afirmar que a colonização europeia foi inseparável da descolonização, pois os valores ocidentais, como o nacionalismo, foram incorporados pelas elites locais que assumiram o poder nos novos Estados Nacionais. Essa continuidade histórica demonstra como a descolonização não representou uma ruptura completa com o colonialismo, mas sim uma transformação que manteve elementos da dominação anterior.

O texto de Canêdo corrobora essa interpretação ao descrever a descolonização como um "processo histórico" que resultou na formação de novos Estados, mas não necessariamente na completa emancipação cultural ou política. As estruturas de poder coloniais muitas vezes foram substituídas por elites locais que reproduziram padrões de dominação, mantendo a mistura simbólica entre "água e vinho" mencionada por Brecht.

As demais alternativas apresentam visões simplistas ou equivocadas sobre o processo descolonizador, seja por sugerirem uma ruptura completa com o passado colonial (B, D, E) ou por localizarem incorretamente o fenômeno no século XIX (C). A complexidade histórica exige compreender a descolonização como um processo contraditório que, embora tenha alterado as estruturas políticas, manteve diversos elementos da dominação colonial em novas configurações.

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