Sobre o Ensino de História no Brasil, analise os itens a seguir, julgue-os (C para os que forem corretos e E para os que forem Errados) e em seguida assinale a alternativa que corresponda de forma adequada às conclusões realizadas. I. Com as Leis n.º 4024/61 e 5692/71, os conteúdos de história continuaram a ser trabalhados em ordem cronológica, sendo memorizados e com a prática cívica sendo o seu principal objetivo, e com a hegemonia dos pressupostos positivistas. II. Entre as décadas de 60 e 70, o extinto Conselho Federal de Educação recomendava o ensino de história geral e do Brasil, assim como o ensino de história da América. Estas medidas resultaram em um ensino de história com uma visão eurocêntrica, tendendo à regionalização e às Histórias Múltiplas, que articulava a revolução francesa e industrial com os movimentos de independência dos países da América, em especial o Brasil. Neste período as disciplinas de História e Geografia foram substituídas pelos Estudos Sociais. III. A partir da década de 1980, o ensino de história passou por discussões quanto ao seu objeto. Os pressupostos da concepção positivista da história passaram a ser negados, e aos poucos os historiadores foram redescobrindo o homem como agente do processo histórico, como o principal personagem de uma história que sem sua presença não existiria. IV. Apesar de todas essas mudanças ocorridas nos currículos, alguns autores salientam que não foram suficientes para quebrar o ordenamento cronológico dos conteúdos, pois a sólida tradição escolar de base positivista ainda imperava. Este cenário podia ser visualizado nos livros didáticos, por exemplo, através de um ensino que apresenta a população brasileira como fruto da relação harmônica e não conflituosa entre índios e negros que contribuíram na obra colonizadora/civilizatória conduzida pelo branco português/europeu e cristão.
itens a seguir, julgue-os (C para os que forem
corretos e E para os que forem Errados) e em
seguida assinale a alternativa que corresponda de
forma adequada às conclusões realizadas.
conteúdos de história continuaram a ser trabalhados
em ordem cronológica, sendo memorizados e com
a prática cívica sendo o seu principal objetivo, e
com a hegemonia dos pressupostos positivistas.
Federal de Educação recomendava o ensino de
história geral e do Brasil, assim como o ensino de
história da América. Estas medidas resultaram em
um ensino de história com uma visão eurocêntrica,
tendendo à regionalização e às Histórias Múltiplas,
que articulava a revolução francesa e industrial com
os movimentos de independência dos países da
América, em especial o Brasil. Neste período as
disciplinas de História e Geografia foram
substituídas pelos Estudos Sociais.
passou por discussões quanto ao seu objeto. Os
pressupostos da concepção positivista da história
passaram a ser negados, e aos poucos os
historiadores foram redescobrindo o homem como
agente do processo histórico, como o principal
personagem de uma história que sem sua presença
não existiria.
currículos, alguns autores salientam que não foram
suficientes para quebrar o ordenamento cronológico dos conteúdos, pois a sólida tradição escolar de
base positivista ainda imperava. Este cenário podia
ser visualizado nos livros didáticos, por exemplo,
através de um ensino que apresenta a população
brasileira como fruto da relação harmônica e não
conflituosa entre índios e negros que contribuíram
na obra colonizadora/civilizatória conduzida pelo
branco português/europeu e cristão.
- A)I – C; II – E; III – C; IV - E
- B)I – C; II – E; III – E; IV - C
- C)I – C; II – E; III – C; IV - C
- D)I – E; II – E; III – C; IV - C
- E)I – E; II – E; III – C; IV - E
Resposta:
A alternativa correta é C)
O ensino de História no Brasil passou por diversas transformações ao longo do século XX, refletindo mudanças políticas, pedagógicas e historiográficas. Analisando os itens apresentados, é possível identificar os acertos e equívocos em cada afirmação.
I. (C) Correta – As Leis nº 4024/61 e 5692/71 mantiveram uma abordagem tradicional do ensino de História, baseada na cronologia, na memorização e no enfoque cívico, ainda influenciado pelo positivismo. Essa perspectiva priorizava a linearidade dos fatos e a exaltação de heróis nacionais.
II. (E) Errada – Embora o Conselho Federal de Educação tenha recomendado o ensino de história geral, do Brasil e da América, não houve uma efetiva articulação entre esses conteúdos de forma a romper com o eurocentrismo. Além disso, a substituição de História e Geografia por Estudos Sociais reforçou uma visão superficial e descontextualizada, distanciando-se de uma abordagem crítica ou regionalizada.
III. (C) Correta – A partir dos anos 1980, houve uma renovação no ensino de História, com a crítica ao positivismo e a valorização do homem como sujeito histórico. Novas correntes historiográficas, como a História Social e Cultural, passaram a influenciar os currículos, destacando a importância das lutas e experiências dos diversos grupos sociais.
IV. (C) Correta – Apesar das mudanças teóricas, a estrutura cronológica e a visão tradicional persistiram em muitos materiais didáticos. A narrativa histórica ainda reproduzia mitos como a "democracia racial" e a harmonia entre indígenas, africanos e europeus, ocultando conflitos e resistências.
Portanto, a alternativa correta é C) I – C; II – E; III – C; IV – C, pois reflete adequadamente as continuidades e rupturas no ensino de História no Brasil.
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